A “águia bucéfala”
Exclusivo - A “águia bucéfala” já trabalha com a hipótese objetiva de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva corre o sério risco de ser tirado do poder por um processo de impeachment, pela via política e/ou judicial. O Diretor Nacional de Inteligência dos Estados Unidos da América, John D. Negroponte, passou informações recentes ao presidente George W. Bush sobre a possibilidade de Lula ser obrigado a deixar o poder “antes da Copa do Mundo”.
Agentes de inteligência norte-americanos revelaram em seu relatório para a Casa Branca que Lula deve ser alvo, nos próximos 50 dias, de ataques objetivos de seus adversários, atingindo seus familiares. Os “espiões” de Bush advertem que existe todo um trabalho de investigação, em andamento, para denunciar um escândalo sobre o patrimônio de Lula, seus filhos e parentes, bem como os lucrativos negócios que eles vêm empreendendo, graças ao “tráfico de influência”. Lula não é mais considerado "aliado preferencial dos EUA", por sua proximidade com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez - inimigo da "águia", e vice-versa.
Outro risco para Lula chama-se Antônio Palocci Filho. Segundo espiões norte-americanos, o ex-ministro da Fazenda, sem imunidade, em desgraça política e que teme ser preso pelas acusações que enfrenta, teria um dossiê contra pessoas muito próximas ao presidente, que agora o prejudicam. O informe da Casa Branca também adianta que Lula não tem mais o apoio e nem o controle da Agência Brasileira de Inteligência, do meio militar, da Polícia Federal, do Ministério público e de grande parte do Judiciário – com exceção da “suprema corte”, o Supremo Tribunal Federal.
O informe apresentado por John Negroponte a Bush cita, especificamente, os nomes do Presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, amigo do presidente, como “o fio da meada que pode revelar todos os gastos da família Lula. Okamotto seria o grande gerenciador dos negócios em andamento. Segundo o informe da Direção Nacional de Inteligência dos EUA, tais “negócios” envolvem aquisição de controles acionários de empresas e compra de fazendas no interior de São Paulo e Mato Grosso.
O mesmo informe apresentado na Casa Branca adverte ao presidente Bush que, caso consiga se reeleger, Lula pensa em adotar o que o Departamento de Estado norte-americano está chamando de “Chavismo” – um modelo de governar idêntico ao do presidente venezuelano Hugo Chavez. Na versão dos norte-americanos, o modelo vai adotar um confronto direto com o parlamento, cuja imagem já é de extremo desgaste perante a opinião pública, e uma política de incentivo a ação de grupos radicais, como o MST (Movimento dos Sem Terra), que hoje contam com o apoio do chamado Fórum de São Paulo – entidade que Lula já não mais preside, que congrega líderes ditos “de esquerda” da América Latina.
A Direção de Inteligência dos EUA avalia que o sustentáculo de Lula é o sistema financeiro nacional e internacional. Internamente, os bancos o apóiam graças à política ortodoxa e pelo sistema que permite juros ainda altos e facilidades para empréstimos, o que dá lucro aos bancos. Externamente, Lula se sustenta graças aos recentes acordos de antecipação de pagamento, via recompra de títulos no mercado, da dívida externa. O principal sustentáculo de Lula seria a chamada “City londrina”, hoje em conflito com o governo George Bush/Dick Cheeney, por causa da “guerra internacional pelo petróleo.
Os agentes de inteligência da Águia Bucéfala também rastrearam uma recente reunião promovida por sete senadores, na mansão de um deles, em Brasília. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso participou do encontro. Na conversa, os políticos tentaram identificar uma alternativa de curto e médio prazo para substituir Lula. Nenhum deles apontou um nome, objetivamente. Todos reclamaram do processo de desgaste da classe política. Um senador mostrou dados de uma pesquisa revelando que 70 por cento do atual Congresso, hoje, não conseguiria se reeleger.
Os senadores e FHC teriam chegado à conclusão de que, imediatamente, não há uma alternativa para substituir Lula. O vice José Alencar não é considerado confiável por nenhum dos setores. Por isso, os tucanos recuaram da tese do impeachment. Mas alguns dos senadores presentes ao encontro voltaram a defender, publicamente, a tese do impedimento. O cenário traçado pelos políticos também identifica que a candidatura Alckmin não decolou como deveria, e que Lula, por falta de opção do eleitorado, pode acabar até se reelegendo, caso não se consiga afastá-lo do poder, “por vias legais que não sejam o voto”, até o começo de junho.
O futuro de Lula da Silva depende, hoje, muito mais do jogo de interesses de forças externas que atuam sobre a América Latina (como o conflito entre os capitais ingleses e norte-americanos ligados a Bush/Cheeney) do que dos interesses políticos internos do Brasil. O presidente brasileiro é vítima de sua própria incompetência na gestão política, que deixou a cargo de José Dirceu. Não fosse a oposição tão perdida, sem propostas e politicamente também incompetente, Lula já teria sido afastado do poder há mais tempo. Lula corre o risco de um "golpe"? Corre! Por culpa inteiramente dele, e de mais ninguém.
O Alerta Total, com todo o cuidado para divulgar tais informações confidenciais, adverte que o cenário político passa por extrema volatilidade. É ínfima a distância entre o que pode ser verdade e mentira, em meio a uma verdadeira guerra de interesses e informações. Tudo é muito relativo.
O Alerta Total considera que seria uma covardia política e jornalística de nossa parte privar nossos leitores de tais informações, por mais chocantes e absurdas que elas possam parecer, à primeira vista.
De toda forma, tais informações estão circulando. Isto é real. Se são verdadeiras ou falsas, em todo ou em parte, só a volatilidade do atual momento político poderá revelar.
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