SOMOS INFELIZES PORQUE NÃO APRENDEMOS A VOTAR!

Faltava tão pouco para atingir esse sonho... Educação, Saúde e Segurança! Tão pouco, mas ao mesmo tempo impossível enquanto eles¹³ burocráticos se agarram nas Estatais, verdadeiros cabides de empregos e corrupções, nós... Vamos agüentando! - PRIVATIZAÇÕES? Hummm! Por enquanto jamais! Ensina o petismo esperto e oportunista: - é para a "companheirada!" - Bando de lesa pátria!

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Sou uma pessoa que não acredita mais numa parte do povo brasileiro, infelizmente essa parte escolheu Lula pela segunda vez consecutiva para governar o Brasil. Depois dos diversos escândalos promovidos pelo seu partido o PT e pelo eleito. Mentiram, fez-se vítima e enganou o povo muito mal informado sobre o primeiro mandato e, com seu discurso "mequetrefe" de "pai do povo", chegou onde queria! Nunca em toda minha vida pude presenciar sem fazer nada, tamanha desgraça que assolou o Brasil. Portanto, recuso-me a aceitar essa autoridade! Por muito menos Collor foi impedido!

26 maio 2006

SANGUE FRIO, ALCKMIN!

por Paulo G. M. de Moura, cientista político

A eloqüência dos números das pesquisas CNT/Sensus e Datafolha, que na essência apontam a mesma coisa – o perigo de vitória de Lula em primeiro turno – exige uma trombada de frente contra as manchetes lulistas. Cesar Maia, na sua newsletter, demonstra que a leitura correta dessas pesquisas caminha em sentido contrário ao dessas manchetes. O jogo nem começou a ser jogado ainda. É possível derrotar o molusco.Petistas indignados têm me mandado e-mails desaforados acusando-me de fazer propaganda e não Ciência Política. Estavam calados desde a eclosão do escândalo do mensalão, mas a proximidade das urnas e os índices de Lula nas pesquisas, sugerindo aval popular para a roubalheira petista, parece tê-los animado a expelir bílis novamente. Certamente eles acreditam que, quando os colunistas da Folha de São Paulo vaticinam a vitória de Lula em primeiro turno, estão fazendo jornalismo neutro. E eles querem que eu faça Ciência Política neutra.Obviamente que um cenário pré-eleitoral como esse que as pesquisas apontam é ruim para a oposição. Ele está longe de expressar o resultado da eleição, mas exerce pelo menos dois impactos políticos importantes sobre a opinião pública. Por um lado, aponta o potencial de penetração de Lula numa fatia do eleitorado capaz de garantir-lhe a vitória em primeiro turno. Em segundo lugar, em decorrência desse primeiro impacto, essa informação, publicada e comentada pelos “analistas neutros” da imprensa, tem o poder de exercer, sobre o eleitorado, a função de consolidar a errônea percepção da inevitabilidade da vitória de Lula.Exemplo disso é o artigo politicamente errado que Glauco Fonseca escreveu aqui nesse espaço ontem. Glauco jogou a toalha e deu a eleição por liquidada no dia 24 de maio, mais de quatro meses antes do dia da votação. É isso, exatamente, o que Lula precisa que aconteça na cabeça dos eleitores nesse momento. Que os líderes de opinião da oposição joguem a toalha e que a manada de eleitores sem opinião própria comprem a idéia de Lula já ganhou. Constrói-se, assim, aquilo que os americanos chamam da profecia que se auto-realiza, que a hipótese da Espiral do Silêncio, das Teorias da Comunicação, explica.À luz da boa análise política, não convém subestimar a superioridade estratégica de Lula. O molusco está em campanha pela reeleição desde 1º de janeiro de 2003; não dá um passo que não seja orientado por pesquisas e dispõe da máquina pública e das prerrogativas do cargo a seu favor. De posse dessas vantagens competitivas Lula está operando com maestria a tecnologia do marketing eleitoral e acertando taticamente os movimentos que executa.Alckmin, ao contrário, pelo menos até pouco tempo atrás, vinha errando, conforme já tive a oportunidade de apontar e criticar aqui. O candidato tucano foi guindado ao cargo de governador de São Paulo por um golpe do destino, e se reelegeu vencendo uma eleição que concorreu na posição de jogo que Lula tem hoje. Nunca precisou encarar situação similar a que este enfrentando agora. Concentrado na disputa interna com Serra, Alckmin não teve tempo nem condições de preparar equipe de marketing e estratégia para a competição com Lula. Sem equipe de marketing e sem dispor das prerrogativas do cargo de governador do maior estado da União, Alckmin teve seu poder de fogo reduzido no exato momento em que foi escolhido candidato dos tucanos. Para completar, foi certeiramente atingido por um golpe do petismo (as denúncias de controvérsias éticas) e por outro do destino[?] (a rebelião do PCC), num momento crítico em que precisava alçar vôo.Sob essas condições, o candidato tucano, ainda por cima, largou errando. Atirou-se à caça de votos no varejo nordestino, onde Lula é mais forte, deixando desguarnecido o flanco no qual é mais forte e no qual se concentra o maior contingente de eleitores, nas regiões sul e sudeste do país, reduto dos opositores ao petismo.Observando de longe é difícil ter certeza, mas a impressão que tenho é de que Alckmin está começando a corrigir esses erros. Na minha maneira de entender, os movimentos táticos adequados ao momento pelo qual passa sua candidatura, deveriam priorizar:a) a montagem de uma estrutura de comando de campanha envolvendo um tripé formado por lideranças dos partidos coligados (eu poria César Maia nesse time), cientista(s) político(s) para fazer e analisar pesquisas e profissionais de comunicação e marketing político;b) a consolidação da aliança com o PFL;c) a realização de atividades políticas junto à área de influência dos redutos dos partidos coligados, para consolidar sua posição de largada nas regiões e com os eleitores junto aos quais a oposição é mais forte.Considerando-se que Alckmin ainda não tem estratégia definida, pois isso pressupõe a realização e análise de uma ampla e demorada bateria de pesquisas, convém que o candidato se proteja, evitando a exposição pública em situações de vulnerabilidade. A propensão ao erro é grande para quem não tem critérios claros para decidir o que fazer, pois esses critérios são fornecidos pela estratégia, que não existe ainda. Vide o erro da omissão seguida de resposta tardia à rebelião do PCC.Sob as condições de inferioridade estratégica que caracterizam as circunstâncias de disputa da oposição, as intervenções públicas do candidato devem ser seletivas e bem pensadas. A tática correta, nesse momento, é de guerrilha. É dar o tapa e esconder a mão, aproveitando oportunidades da conjuntura e/ou jogando sobre o erro do inimigo. Estocadas rápidas e pontuais no molusco, sempre que a oportunidade se apresentar. E, em casos de crises como a rebelião do PCC em São Paulo, a lógica é oposta. É preciso agir como estadista. Dar a cara para bater. Mostrar responsabilidade ante uma adversidade que aflige duramente a população, com a qual o verdadeiro líder se preocupa, tem o que mostrar sobre o que fez e está atento aos problemas de seus eleitores, mesmo que fora do cargo que lhe permitiria comandar a reação ao crime organizado.A situação é crítica, admito. A prioridade da oposição, nesse momento, é impedir a consolidação de um clima de opinião que cristalize a percepção da inevitabilidade da vitória de Lula. A vitória da oposição é possível. Ninguém previu que Lula desceria tão baixo quanto desceu em seu governo. Depois que Lula, desceu, ninguém poderia prever que voltaria às condições de que dispõe hoje. Quem viu o SIM atingir 82% das manifestações de intenção de voto nas pesquisas do referendo das armas, jamais poderia imaginar que o NÃO venceria por 65% a 35%.

Sangue frio Alckmin!

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Legal primo, ficou muito bom, mas vc tem q escrever tb né?
Falow

3:38 AM  

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