Zé Dirceu, guerrilheiro que usa "Giorgio Armani"

Ex-ministro tem praticado a vaidade
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SÃO PAULO – Ex-office boy, ex-romântico e cabeludo líder estudantil, ex-guerrilheiro exilado, ex-comerciante no interior do Paraná, ex-dirigente partidário e ex-deputado de oposição, ex-todo-poderoso chefe da Casa Civil. Aos 60 anos, José Dirceu de Oliveira e Silva se reinventa mais uma vez.
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Com os direitos políticos cassados até 2015, tem praticado sua atividade preferida, o exercício da vaidade, agora em âmbito empresarial.

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“A vida toda ele encarnou personagens. O atual é um influente consultor empresarial, bon vivant e cheio da grana”, resumiu um colaborador de longa data. Separado da segunda mulher, Maria Rita, com quem teve duas filhas, Dirceu tem circulado por hotéis e restaurantes de luxo do circuito São Paulo-Washington ao lado de uma jovem loura.

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O nome dela? Isso os amigos não falam nem sob tortura. Outro segredo é o nome do cirurgião plástico responsável pela repaginação no leiaute de Dirceu. Alguns dizem que a recauchutagem aconteceu em Cuba, onde ele foi submetido às cirurgias que o transformaram no comerciante Carlos, personagem que permitiu seu retorno clandestino ao Brasil no início dos anos 70.

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O fato é que ele eliminou rugas e bolsas sob os olhos, fez peeling, lipo e, dizem, implante capilar. As longas e brancas madeixas do ex-ministro, ao estilo Chanel, são motivo de piadas dos amigos. Além das mudanças físicas, Dirceu tem frequentado salões de beleza sofisticados e modernizou o guarda-roupa.

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O uniforme terno e gravata foi substituído por óculos escuros, jeans, camisas pólo e jaquetas de couro sofisticadas.

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“Ele só usa Giorgio Armani, Dolce & Gabana, Versace”, entregou um amigo. Quando não está almoçando com o bilionário mexicano Carlos Slim Elu – dono da terceira fortuna do planeta – em viagens pelo exterior, Dirceu se diverte convidando amigos para jantares regados a bons vinhos.

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Fala com intimidade de Slim, Fidel Castro e Hugo Chávez. Entre as novas manias estão os jatos particulares. “Ele aboliu os vôos comerciais. Se acostumou com as regalias do poder”, disse um amigo.
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(Agência O Globo)