O RESGASTE DA CIDADANIA (Italiana)
Por respeito aos eleitores, aos cidadãos ou ao País que elegeu seu marido, nenhuma primeira-dama, ainda que tenha condições legais para tanto, ousa sequer pensar em requerer uma outra nacionalidade. Por isso, ninguém consegue imaginar a primeira-dama norte-americana, Laura Bush, por exemplo, solicitando cidadania mexicana. Como também ninguém conceberia Da. Lucy Geisel requerendo nacionalidade alemã. Estes dois exemplos são de primeiras-damas cujas origens estrangeiras são relativamente próximas, tanto que até falam o idioma de seus pais ou avós. Mas este não é o caso de Da. Marisa Letícia. Ao que consta, ela não sabe dizer nem bom-dia em italiano.
As explicações para tamanho desdém são todas comprometedoras. A própria Da. Marisa Letícia declarou: “É só uma oportunidade, no caso de se precisar”. Essa “precisão” seria para o caso de fuga da famiglia presidencial, tão comum na história do continente? Ou seria para garantir o emprego dos bambini, porque o Brasil se tornou um país inviável economicamente depois de décadas de intervencionismo estatal que o partido de seu marido ajudou a implementar? Ou se deve a uma razão mais simples como evitar as filas do consulado americano, uma vez que não é exigido visto de entrada para os cidadãos da Comunidade Européia.
O gesto da primeira famiglia brasileira ficará no mínimo como símbolo da confiança que seus membros depositam no chefe e do que esperam do futuro da nação. Também explica o surrado e vazio jargão, “resgate da cidadania”, tão utilizado pelo PT. Não tem nada a ver com os direitos e garantias individuais ou de cidadania. Tem a ver com obtenção de nacionalidade estrangeira para os seus quadros. Só resta agora confirmar se o Ministro Palocci seguiu o mesmo caminho.
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