SOMOS INFELIZES PORQUE NÃO APRENDEMOS A VOTAR!

Faltava tão pouco para atingir esse sonho... Educação, Saúde e Segurança! Tão pouco, mas ao mesmo tempo impossível enquanto eles¹³ burocráticos se agarram nas Estatais, verdadeiros cabides de empregos e corrupções, nós... Vamos agüentando! - PRIVATIZAÇÕES? Hummm! Por enquanto jamais! Ensina o petismo esperto e oportunista: - é para a "companheirada!" - Bando de lesa pátria!

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Local: Belo Horizonte, MG, Brazil

Sou uma pessoa que não acredita mais numa parte do povo brasileiro, infelizmente essa parte escolheu Lula pela segunda vez consecutiva para governar o Brasil. Depois dos diversos escândalos promovidos pelo seu partido o PT e pelo eleito. Mentiram, fez-se vítima e enganou o povo muito mal informado sobre o primeiro mandato e, com seu discurso "mequetrefe" de "pai do povo", chegou onde queria! Nunca em toda minha vida pude presenciar sem fazer nada, tamanha desgraça que assolou o Brasil. Portanto, recuso-me a aceitar essa autoridade! Por muito menos Collor foi impedido!

17 novembro 2007

Chavez, O Napoleão de circo

"Entre 1998 e 2006, a taxa de homicídios emCaracas subiu 68%. No estado de Táchira, no mesmo período, o aumento foi de 418%. Esse é o maior legado chavista, essa é a verdade.Sem que seja preciso mover céus e terras para prová-la. Basta consultar os números do governo venezuelano"


Mata-se tanto na Venezuela que Hugo Chávez já está matando até os fantasmas de 200 anos atrás. Simon Bolívar morreu de tuberculose. Hugo Chávez afirmou que isso é mentira. Para ele, Simon Bolívar foi assassinado. Como um Marty McFly bolivariano, Hugo Chávez fez uma viagem no tempo, no carro cafajeste de um cientista aloprado, e passou a modificar o passado. Ele disse:

– Se for preciso mover céus e terras para provar a verdade, eu o farei.

A verdade é outra. Ninguém assassinou Simon Bolívar. Quem morre assassinado na Venezuela é a sua gente. Aquela mesma gente que, em grande parte, apóia Hugo Chávez. Nos últimos anos, durante o regime chavista, Caracas tornou-se a cidade mais violenta da América Latina. Tem 107 assassinatos para cada 100.000 habitantes. Ganha do Recife. Ganha de Maceió. Olha que é duro ganhar do Recife e de Maceió. O ano de 2006 foi o mais sangrento da história da Venezuela. E 2007 está sendo ainda pior. Nos nove primeiros meses do ano, houve 9 568 assassinatos no país, 852 a mais do que no mesmo período de 2006. Pegue a calculadora. Regra de três. Resultado: ocorreu um aumento de 9,7% no número de assassinatos de um ano para o outro.

Entre 1998 e 2006, a taxa de homicídios em Caracas subiu 68%. No estado de Táchira, o aumento foi de 418%. Esse é o maior legado chavista, essa é a verdade. Sem que seja preciso mover céus e terras para prová-la. Sem que seja preciso viajar no tempo. Basta consultar os números do governo venezuelano.

Eu sei que é aborrecido basear argumentos em estatísticas. Mas é o único jeito de fugir da asnice cucaracha que está fazendo a América Latina retroagir ainda mais na história. Quando o rei Juan Carlos mandou Hugo Chávez calar a boca, Fidel Castro classificou o embate como um "Waterloo ideológico". Nesse Waterloo ideológico, eu me sinto como um Fabrizio del Dongo bananeiro, perdido no campo de batalha, contando os milhares de mortos de cada lado. Comigo é assim:

De Volta para o Futuro a um romance de Stendhal em menos de dois parágrafos. No caso da Venezuela, segundo os dados oficiais, houve 12.257 assassinatos em 2006. No caso do Brasil, houve 44.663 assassinatos. Praticamente o mesmo número de mortos que na batalha de Waterloo. O Brasil tem um Waterloo por ano. No rastro do napoleonismo circense de Hugo Chávez e Lula, só há cadáveres. Na Venezuela chavista, assim como no Brasil lulista, as idéias mais regressivas insuflam a mortandade. Onde está Wellington?

Álvaro Vargas Llosa buscou a origem antropológica do atraso da América Latina. Ele a identificou no fanatismo absolutista das culturas pré-colombianas. Para ele, a gente nunca conseguiu se libertar daquele germe asteca que nos empurra para o coletivismo, para a pilhagem, para o cativeiro, para o sacrifício humano, para a degola, para a barbárie. A gente nunca conseguiu fazer nosso indiozinho internalizado calar a boca.


Diogo Mainardi

16 novembro 2007

A CONSTITUIÇÃO VIOLENTADA

Volto, mais uma vez, a tratar da violência à Lei Suprema, perpetrada por movimentos sociais dos que se autodenominam de "sem-terra", violência permanentemente tolerada pelo governo federal. Os atentados à Constituição, perpetrados mediante invasões de terras e prédios públicos, não eximem seus executores da responsabilidade por ignorância. Têm eles plena consciência — até porque tais movimentos são dirigidos por pessoas que possuem formação universitária, como é o caso de um economista do Rio Grande do Sul — de que as ações maculam a Carta Máxima. Argumentam, todavia, que, como a lei não lhes convém, não estão obrigados a respeitá-la e podem fazer o próprio direito, usar a força contra o que desejarem, pois, para eles, "a lei e o Estado" são eles mesmos.
.Não poucas vezes, os atentados são dirigidos contra o próprio desenvolvimento nacional, prejudicando e destruindo pesquisas científicas cuja realização demandou tempo, investimento e esforço, como ocorreu no campo da biotecnologia, sob a alegação — à luz do profundo desconhecimento sobre a matéria — de que tais experiências não são boas para o país. E como eles são a lei e o direito, são também os que devem dar a palavra definitiva sobre o que é certo e errado, bom ou mau — e não os demais 180 milhões de brasileiros, que estão obrigados a respeitar a lei. Invadem, destroem, atrasam a evolução tecnológica do país e são tolerados pelos áulicos do governo federal, muitos deles saídos da escola de desrespeito à ordem estabelecida.


Tenho sérias restrições a muitas das disposições da Lei Suprema, como aas que criaram uma federação maior do que o PIB; instituíram um Brasil de duas classes sociais, com superdireitos para os detentores do poder e subdireitos para o povo em geral; ou ainda as que permitem o inchaço de um Estado inoperante e o empoleiramento dos "amigos do rei" nas benesses da administração pública, permissiva da escandalosa e confiscatória carga tributária que suportamos.Nem por isso, faço Justiça com as próprias mãos, deixando de pagar tributos ou atacando os que "representam mal" a comunidade.


Num Estado Democrático de Direito, o caminho é outro, ou seja, o da utilização dos meios de comunicação, do voto, das pressões legítimas sobre os representantes, para que reflitam sobre a necessidade de mudança em sua conduta. Nunca fiz o teste das urnas por não ter vocação política, mas nem por isso deixo de lutar contra os desmandos, ou deixo de apresentar sugestões para melhorar o país, em artigos, aulas, livros, conferências.


É assim que se age numa democracia, não podendo o cidadão ser seletivo, escolhendo as leis a que obedecerá por lhe convierem, e as que não obedecerá, por estarem em desacordo com suas convicções. Tais cidadãos têm vocação para ditadores, para os regimes de exceção, em que só cabe a eles próprios — "cidadãos acima de qualquer suspeita" — determinar o que é bom e o que é mau para o povo, sem necessidades de consultá-lo.Os movimentos dos sem-terra, dos sem respeito à Lei Suprema, dos sem espírito democrático, dos sem vocação para o diálogo, que destroem pesquisas, invadem propriedades, desmoralizam as autoridades até com palavras de baixo calão, são movimentos totalitários que, ou devem se enquadrar na democracia, criando um partido político para a defesa de suas teses e posições político-ideológicas, ou devem ser extintos, com rígida aplicação da lei aos dirigentes e às autoridades que vêm tolerando, há anos, tal comportamento.


Sua atitude é incompatível com a democracia e o próprio ordenamento jurídico tem os instrumentos legais para enquadrá-los e puni-los, desde que o governo federal queira. É de lembrar que o Poder Judiciário tem procurado impor a ordem e o primado da Constituição sobre tais maculadores do direito.Tenho para mim, entretanto, que todos os que foram prejudicados e atingidos por tais atentados ao Estado de Direito brasileiro devem exercer o seu direito, inclusive de responsabilizar a União, visto que muitas dessas invasões foram financiadas pelo Estado mediante repasse de recursos públicos a entidade que nem sequer possui personalidade jurídica para responder por sua má aplicação. Tais recursos, à evidência, estão sendo mal-utilizados por tais aprendizes de ditadores e defensores do "avanço do retrocesso" institucional.Se a cidadania não for exercida dentro da lei, o Brasil pouco evoluirá.
.Quando não concordamos com a ordem jurídica positivada, lutamos para modificá-la, mas conforme as regras impostas pela Lei Suprema — únicas que permitirão a prevalência da vontade da maioria, respeitado o direito da minoria de opor-se, também dentro da lei. Qualquer outra visão do problema é comungar com ideais totalitários que pautam, a rigor, a ação de tais movimentos desestabilizadores da paz social.

Ives Gandra Martins no Correio Brasiliense

30 outubro 2007

O silêncio dos botões

por Percival Puggina

A pergunta não é minha, mas serve para ilustrar o que pretendo dizer: há vinte anos, com quinhentas unidades monetárias da época, você podia comprar uma caixa de fósforo, o rancho do mês ou um carro novo?É difícil lembrar o valor do dinheiro numa época em que os zeros caíam da moeda em pencas de três, na mesma velocidade com que os pobres transferiam renda para a poupança dos ricos. O operador da maquineta de remarcar preços era o inimigo público número dois (o número um era o dono do supermercado porque as pessoas achavam que os preços subiam porque ele mandava...).

Os intermináveis anos oitenta foram a década perdida, durante a qual a economia não cresceu (tínhamos inflação com recessão), o salário mínimo mal chegava a sessenta dólares e o pagamento feito no trigésimo dia de um longo mês de trabalho valia a metade do que fora combinado no dia primeiro.Periodicamente, formavam-se filas diante dos postos de combustível. Quem podia estocava gêneros alimentícios. Furungar as prateleiras em busca de algum produto que houvesse escapado ao zelo do remarcador convertera-se em esporte nacional. Era de toda prudência ter alguns dólares em casa para não despertar a ira de possíveis assaltantes (porque até eles consideravam que a moeda nativa não remunerava o esforço de quem a roubasse).

Confessou-me, certa vez, o presidente de grande indústria, enriquecido durante aqueles anos malucos em que as empresas não se importavam com o setor operacional porque era do financeiro que o lucro provinha: "Demorei anos para aprender a sobreviver sem inflação". Nossa moeda resistiu a ataques especulativos externos e a terríveis pressões internas da oposição petista que, inconformada com o sucesso de público do plano em curso, esbravejava contra a "mentira do Real".

Em 1997 houve uma crise nas bolsas asiáticas que fez balançar a nova moeda. E era perceptível o regozijo com que as cassandras da esquerda prenunciavam o desastre que exporia ao mundo os fundilhos do Real. Nenhuma das providências saneadoras da economia brasileira deixou de contar com a furiosa oposição do PT e seus aliados. Deitavam-se como mártires nos trilhos do processo de privatizações. Esgrimiam em defesa das corporações que, com a conivência dos tribunais, se assenhoreavam das empresas públicas mediante descabidas e milionárias ações trabalhistas. Era a privatização classista. Berravam contra a tímida abertura da economia (satânica globalização neoliberal). Queriam plebiscito sobre o pagamento da dívida externa. Clamavam por moratória. Xingavam o agronegócio.

Por isso, quando vejo esses senhores, auto-nomeados defensores dos pobres e oprimidos, orgulhosos de suas adegas, ternos Armani e carros oficiais, apresentarem os números da economia como honroso produto de sua inteligência, habilidade e trabalho, indago aos meus espantados e silenciosos botões: "Mas o que fizeram para que isso acontecesse?". E, diante do silêncio dos meus botões, retorno a pergunta à memória e à consciência dos leitores.

Blog Diego Casagrande

26 outubro 2007

Não sou "Junguiano"

Não sou "junguiano". Sou da turma que mata a cobra e mostra o "Freud"

A petralhada, inclusive das rádios, se irrita com Andrea Matarazzo porque ele tem a coragem de dizer “quem é quem”. Eu jamais seria político. Se fosse, andaria armado. Com o laptop. Tão logo aparecesse um “cidadão consciente ongueiro” para me questionar, botaria seu nome no Google. Não seria difícil descobrir que os “contestadores” de plantão constituem a milícia do PT; são os tontons macoutes do petralhismo. Vivem disso! Ou estão levando uma grana oficial na forma de algum “convênio” ou detêm cargos públicos, que é a maneira de o partido pagar o seu salário com o nosso dinheiro.


Que é que há? Lembram-se dos 12 que escreveram para a Folha atacando o meu artigo? Oito — 66,66% — eram da rede Al Qaeda. Pior: eu os encontrei escrevendo sistematicamente para outros veículos (e também para a própria Folha). Devem alugar a orelha do ombudsman todos os dias. Não sou eu que acho isso. Valter Pomar, membro de uma corrente de extrema esquerda do PT e da direção do partido, organizou essa intervenção pessoalmente durante a campanha eleitoral.Ontem, recebi 2.221 comentários — metade era da petralhada.

Uma boa pergunta: por que eles não enviam, sei lá, esses 1.100 comentários para o site do Zé Dirceu, que fica lá, às moscas? Por que não vão ajudar Mino Carta? Por que não correm em socorro do mascate?


Respostas:1 – porque nem eles suportam essa gente;2 – porque não precisa; ali, o comando já é deles.Então eles vêm tentar a sorte aqui, apelando para o meu senso democrático. E ainda tentam ser sagazes: “Mas você não diz que é favor da democracia?” Opa! Claro que sim. Por isso mesmo, não abro espaço para mentirosos, vagabundo e meliantes políticos que não aceitam os primados de uma sociedade aberta. Ou para os que pretendem usar a minha página para me esculhambar. Quando eu quis escrever o que me desse na veneta, criei meu próprio blog. Façam o mesmo e caiam no mercado. Vão em busca de leitores.


Como não sou “junguiano”, mas da turma que mata a cobra e mostra o Freud, não preciso, covardemente, me refugiar no discurso de uma suposta neutralidade.No que respeita à democracia, ao capitalismo, ao livre mercado, eu não sou neutro. Eu tenho lado. Eu não acho, é evidente, que petralhas comam criancinhas (refiro-me aos leigos...). Eu acho que eles corrompem as criancinhas. Fui claro ou preciso desenhar?
Por Reinaldo Azevedo

Não existe cirurgião plástico para lhes mudar a alma.

E há mais.Por que tanta irritação da petralhada, a ponto de um deles tentar dar alcance acadêmico (putz!) à minha atuação? Porque eles não querem ser reconhecidos pelo que são:

UMA PARTE, uma facção organizada, uma seita.Ao contrário. Querem se fazer passar como senso comum, como média das opiniões, como um novo consenso. Quando confrontados com a própria biografia, então reagem: “Fascista! Patrulheiro! Dedo-duro!”Ora, que mal há em ligar a obra a seu sujeito?

Voltemos ao caso da ONG que resolveu mentir de forma vil sobre o Orçamento da Prefeitura. Um é amigo de Lula, petista de carteirinha. O outro é ex-auxiliar de Marta, ex-vereador petista, hoje membro do PSOL.Eu teria vergonha dessa biografia. Mas, que eu saiba, eles não têm.

O tal Oded Grajew está por aí, tentando se haver com o seu lego ideológico; o outro é profissional da causa. O que não é possível é apresentar Odilon Guedes como “economista”. Antes de ser economista, ele é parte da disputa política na cidade. Antes de ser um homem interessado no nosso bem, Oded é um militante partidário.Quando essa condição fica clara, é como se fossem pegos com a boca na botija.

Desaparece o mito do homem comum, do cidadão-todo-mundo.Vocês sabem, mudar de cara é uma especialidade de petistas e esquerdistas em geral. Pra eles, isso já é uma questão mítica. Só não apareceu ainda o médico cubano capaz de fazer uma plástica no horror que lhes passa na alma.



Por Reinaldo Azevedo

24 outubro 2007

As inverdades de Dilma-CPMF

As inverdades de Dilma. E como a CPMF tributa 5 PIBs em um só ano

Acho chato ter de desmentir a ministra Dilma Rousseff numa questão tão primária. Chato, mas muito necessário. Ela está tentando dar um truque em muita gente e se aproveita do fato de que a imprensa, na média, não sabe fazer conta. Leia trecho de reportagem de Sérgio Dávila na Folha desta terça. E depois vejam uma conta óbvia. Tão óbvia e simples, e, até onde sei, sou o primeiro a fazê-la. Demonstro como a CPMF tributa um mesmo dinheiro muitas vezes e provo por que Dilma conta uma inverdade quando diz que apenas 18 milhões de brasileiros pagam a contribuição. É mentira! Todo mundo paga. E muitas vezes. Antes, um trecho da reportagem:

Primeiro, eles venderam a robustez da economia brasileira para uma platéia de investidores, analistas e empresários norte-americanos em Washington. Então, em encontros separados com jornalistas, os ministros Guido Mantega e Dilma Rousseff disseram que a rejeição da prorrogação da CPMF no Senado será um "constrangimento" e "um grande problema" para as finanças do país. Para a ministra-chefe da Casa Civil, a oposição "sabe perfeitamente" que não pode derrubar a prorrogação. "Principalmente a oposição responsável que existe no Brasil, que não pode alegar que não tem experiência, porque tem, governou esse país até 2002." Tirar a CPMF das contas públicas, disse, "vai significar um grande problema".A CPMF, segundo a ministra, é um imposto interessante por ter característica claramente não regressiva. "Você cobra de 18 milhões de pessoas e beneficia 200 milhões de pessoas."

Mesmo tom alarmista adotou Mantega -ambos participavam da "2007 Brazil Economic Conference", promovida pela Câmara de Comércio Brasil-EUA. "Ninguém quer radicalizar", disse. "A radicalização significa perdermos dezenas de bilhões, aí estaremos em sérias dificuldades, que eu nem quero pensar em como resolver."iVoltei“Oposição responsável”, vocês sabem, ou é aquela que sempre concorda com o governo ou, na versão benigna, é aquela que vota pensando no que é melhor para o país.

O PT jamais foi uma “oposição responsável”, certo? Votou sistematicamente contra o governo FHC e sempre pensou em si mesmo, na sua própria escalada. Dilma espera que o PSDB não faça com o PT o que o PT sempre fez com o PSDB. Dilma espera um PSDB responsável porque a irresponsabilidade, deve achar, tem de continuar como monopólio do seu partido.É uma baba corrigi-la, quase exercício primário, mas tenho de fazê-lo. Essa história de que se cobra a CPMF apenas de 18 milhões de brasileiros é mentirosa. Todos pagam. Porque o imposto vai parar nos preços. E um mesmo dinheiro é tributado muitas vezes, daí a soma fabulosa que ele arrecada. Já demonstrei aqui.
Acompanhem o destino de R$ 100, para ficar num número simples:1) A empresa "X" recebe R$ 100 por um serviço prestado. A empresa Y pagou a fatura. Se foi “por dentro”, recolheu 0,38% para o governo: ou R$ 0,38.2) Os mesmos R$ 100 entram na caixa da empresa B. Ela faz a folha de pagamentos e o deposita da conta do Seu Zé: recolhe mais R$ 0,38.3) O Seu Zé vai mexer com o dinheiro, emitir cheque ou sacar para pagar o supermercado: recolhe mais 0,38%;4) Os R$ 100 que ele deixou no supermercado em cheque ou no pagamento em cartão serão usados pela empresa: lá vão para a turma de Dilma mais R$ 0,38E a cadeia recomeça, num ciclo interminável. Mas reparem: no fim desse percurso simples, muito plausível, os mesmos R$ 100 foram tributados quatro vezes. Não 0,38%, mas 1,52%.

As três empresas que aparecem aí têm como se defender — e é justo que o façam, né? Seus respectivos departamentos financeiros se encarregarão de pôr no preço final da mercadoria ou do serviço o peso da CPMF.Quem é obrigado a pagar sem chiar e sem ter a quem repassar? O Seu Zé. Atenção: mesmo que ele não tenha conta em banco. Mesmo que tenha recebido o seu salário em dinheiro vivo. A qualquer operação que fizer, estará pagando indiretamente o imposto.É preciso parar de mentirA ministra Dilma quer mesmo ser candidata à Presidência da República? Deve começar por não mentir. Sei que ela pode dizer que a mentira rende e que o meu conselho é desmentido pelos fatos. É que sou um moralista. Não um político. A CPMF é paga pelos quase 200 milhões de brasileiros, sim! E o imposto incide muitas vezes sobre o mesmo dinheiro.

Dilma, na juventude, estava empenhada em mudar o regime e não deve ter estudado matemática. Querem a prova?Quanto o governo espera arrecadar com a CPMF de 0,38%? Algo em torno de R$ 40 bilhões, certo? Vamos fazer uma regra de três?Se R$ 40 bilhões correspondem a 0,38%, que valor corresponderia a 100%?

Assim ensinou a nossa professorinha:R$ 40.000.000.000,00........ 0,38%x ......................................100%Multiplica-se em cruz e faz-se a divisão:0,38x = R$ 40.000.000.000,00 X 100x =----4.000.000.000.000,00_________________________
----.............. 0,38x = 10.526.315.789.473,68E você chegará à conclusão, leitor amigo, que os R$ 40 bilhões correspondem à aplicação da alíquota de 0,38% sobre, atenção!: R$ 10.526.315.789.473,68. Se você tiver dificuldade de ler, eu ajudo: dez trilhões, quinhentos e vinte e seis bilhões, trezentos e quinze milhões, setecentos e oitenta e nove mil, quatrocentos e setenta e três reais e sessenta e oito centavos.É isso aí. A CPMF incide no correspondente A QUASE CINCO PIBs BRASILEIROS em um único ano.
Eis aí! Trata-se da prova material, escancarada, evidente, de que o imposto tributa muitas vezes um mesmo dinheiro e de que TODOS PAGAM, ministra Dilma. E muitas vezes.


Por Reinaldo Azevedo

18 outubro 2007

PSDB diz que prazo para negociar CPMF está acabando

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou nesta quinta-feira que o prazo do governo para negociar a prorrogação da CPMF com o seu partido está acabando. Os tucanos querem a redução da alíquota de 0,38% para 0,08% no próximo ano e a desoneração de impostos.Segundo Virgílio, a qualquer momento o PSDB pode fechar questão contrária à prorrogação. "Eu tenho avisado e quem avisa adversário leal é. Abrimos espaço para o diálogo, mas poderemos fechar questão sim. E os 13 senadores do PSDB vão, de um jeito ou de outro, votar juntos", disse o líder, garantindo a unidade do partido na votação.O senador ainda disse que a isenção de pagamento da CPMF para determinadas faixas salariais não agrada ao PSDB.


"Essa proposta não tem importância. Tem de isentar todo mundo. Assim, ele (o governo) não namora nem fica com a gente. Se quiser relacionamento sério, tem de conversar", brincou Virgílio. "O governo pode, se for moderado nos gastos, viver perfeitamente sem a CPMF."


blog de Diego Casagrande

13 outubro 2007

O " Deus" de Edir Macedo perdoa corruptos, mas não os fetos


Há uma entrevista na Folha com Edir Macedo, o auto-instituído “bispo” da Igreja Universal do Reino de Deus, de que é dono. Quem assina o texto é Daniel Castro, e quem responde pode ser a “legião", já que foi feita por e-mail e intermediada pela cúpula, digamos assim, religiosa da seita. Há alguns dias, postei aqui um texto dizendo que o petismo é a Universal da política, e a Universal, o petismo da religião. Quem me dá razão é Macedo.

Leiam uma pergunta e uma resposta:

FOLHA - Alguns políticos então da base da Igreja Universal, como o bispo Rodrigues, foram atingidos em cheio pelos escândalos do primeiro mandato de Lula. A corrupção não é um pecado imperdoável?
MACEDO - Jesus ensina que o único pecado imperdoável é a blasfêmia contra o Espírito Santo. Para os demais, há perdão se houver arrependimento.

É a “igreja” de que o PT precisa. Se Deus censura a safadeza, os petistas podem ficar tranqüilos: o "deus" de Macedo perdoa. A sua “teologia” é bastante elástica pra isso. Tão elástica, que ele encontra uma justificativa teológica para o aborto. Se havia desconfianças sobre a filiação da tal Universal ao cristianismo, não há mais. Leiam:
“Sou favorável à descriminalização do aborto por muitas razões. Porém, aí vão algumas das mais importantes:

-1) Muitas mulheres têm perdido a vida em clínicas de fundo de quintal. Se o aborto fosse legalizado, elas não correriam risco de morte;
-2) O que é menos doloroso: aborto ou ter crianças vivendo como camundongos nos lixões de nossas cidades, sem infância, sem saúde, sem escola, sem alimentação e sem qualquer perspectiva de um futuro melhor? E o que dizer das comissionadas pelos traficantes de drogas?
-3) A quem interessa uma multidão de crianças sem pais, sem amor e sem ninguém?
-4) O que os que são contra o aborto têm feito pelas crianças abandonadas?
-5) Por que a resistência ao planejamento familiar? Acredito, sim, que o aborto diminuiria em muito a violência no Brasil, haja vista não haver uma política séria voltada para a criançada.”

Trata-se de uma formidável coleção de asneiras, talvez ditadas pelo diabo. Se Macedo acredita até mesmo na remissão do corrupto, por que não na das crianças que vivem nos lixões? Se opta pelo aborto como saída menos dolorosa, por que não por outras práticas igualmente homicidas que trariam mais controle social?

A Igreja Católica é contra o aborto e conta com milhares de entidades espalhadas mundo afora para cuidar de crianças abandonadas. E o que Macedo tem feito? Se o aborto diminuiria em muito a violência no Brasil, há de se supor que diminuiria também em muito o número de seus fiéis, não é mesmo?, já que é evidente que boa parte da força de sua “igreja” se concentra entre os miseráveis. Existe também lixão religioso no mundo.Santo Edir Macedo! Seu "deus" perdoa corruptos, mas não perdoa os fetos!

A sua citação do Eclesiastes para “santificar” o aborto é das coisas mais estúpidas que já li. Procurem vocês mesmos o trecho a que ele alude. É fácil. É evidente que o “aborto” é citado ali em sentido figurado, como extremo da fealdade humana. Diz-se preferível o aborto ao homem sem fé. É MENTIRA QUE SE TRATE DE UMA DEFESA DO ABORTO, ESTE QUE CONHECEMOS. Ao contrário: não há como justificar, segundo o Novo ou o Velho Testamentos, a prática.Mas essa é a tática de sempre desse tipo de neopentecostalismo: trata-se de uma mistura de falso fundamentalismo com interpretação rasteira. Pegam-se palavras que estão da Bíblia, desprezam-se contexto e simbologia, e se lhes dá o sentido que interessar.

Pode-se usar a Bíblia pra justificar qualquer coisa quando você é um rematado picareta: até o assassinato. Há passagens que permitem, então, uma “bíblia abortista”, uma “bíblia gay”, uma “bíblia racista”, uma “bíblia de trapaceiros”.- Que tal usar Jacó para legitimar o engodo, a tramóia, o passa-moleque no irmão ou o roubo de gado?- Que tal usar Ló para defender o incesto?- E que tal justificar o homossexualismo com Samuel 18, 1-4: “Ora, acabando Davi de falar com Saul, a alma de Jônatas ligou-se com a alma de Davi; e Jônatas o amou como à sua própria alma. E desde aquele dia Saul o reteve, não lhe permitindo voltar para a casa de seu pai. Então Jônatas fez um pacto com Davi, porque o amava como à sua própria vida. E Jônatas se despojou da capa que vestia, e a deu a Davi, como também a sua armadura, e até mesmo a sua espada, o seu arco e o seu cinto."Macedo deve estar entre aqueles que julgam que Salomão estava tentando mesmo ser justo, e não astuto, quando propôs dividir a criança ao meio...Justificar o aborto com o Eclesiastes é, de todas as bobagens que este empresário já disse, a mais formidável. E dá conta de sua absoluta falta de limites.

Segundo Macedo, “alguns mortais têm pensado que estão acima do bem e do mal. Mas, depois de mortos, o máximo que lhes resta é uma placa na praça onde os cães fazem xixi.”Tá combinado. Já convoquei Lolita e Pipoca, as minhas cadelas, para a tarefa tão logo Edir Macedo ganhe a sua placa.


Por Reinaldo Azevedo