SOMOS INFELIZES PORQUE NÃO APRENDEMOS A VOTAR!

Faltava tão pouco para atingir esse sonho... Educação, Saúde e Segurança! Tão pouco, mas ao mesmo tempo impossível enquanto eles¹³ burocráticos se agarram nas Estatais, verdadeiros cabides de empregos e corrupções, nós... Vamos agüentando! - PRIVATIZAÇÕES? Hummm! Por enquanto jamais! Ensina o petismo esperto e oportunista: - é para a "companheirada!" - Bando de lesa pátria!

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Sou uma pessoa que não acredita mais numa parte do povo brasileiro, infelizmente essa parte escolheu Lula pela segunda vez consecutiva para governar o Brasil. Depois dos diversos escândalos promovidos pelo seu partido o PT e pelo eleito. Mentiram, fez-se vítima e enganou o povo muito mal informado sobre o primeiro mandato e, com seu discurso "mequetrefe" de "pai do povo", chegou onde queria! Nunca em toda minha vida pude presenciar sem fazer nada, tamanha desgraça que assolou o Brasil. Portanto, recuso-me a aceitar essa autoridade! Por muito menos Collor foi impedido!

28 março 2007

A mudança do mundo

A globalização ajudou a criar os ricos, especialmente do litoral modernizado no estilo capitalista, em contraste com a imensa massa de pobres
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Tem sido comum reconhecer-se que ideologicamente o mundo passa por transformações de grande vulto, desde o colapso do socialismo real, último apelido dos 72 anos de comunismo soviético, precedido da queda do infame muro de Berlim. A propaganda, ao que se pode inferir, visava a antepor o comunismo antes irreal ao novo, maquiado com o adjetivo, mas mantida a substância na nova embalagem. Seus dogmas permaneceram os mesmos desde Vladimir Lênin, entre eles a necessidade crucial de acabar com a burguesia “fonte de todos os vícios e maldades”. Entre essas avultava a propriedade privada. No Manifesto de 1848, Karl Marx escreveu: “A teoria do comunismo pode ser sintetizada numa simples frase: abolição da propriedade privada”. A China poderia ser o último baluarte do socialismo real, depois de expurgados os letais efeitos de Mao Tsé-tung e esquecidos os milhões de chineses mortos na estúpida revolução cultural. Aos poucos, todavia, foi mutilando a “bíblia” marxista. Aceitou de bom grado a participação do capital estrangeiro. A globalização ajudou a criar os ricos, especialmente do litoral modernizado no estilo capitalista, em contraste com a imensa massa de pobres. Direito constitucional passou a ser o da propriedade privada, mas sua regulamentação só agora foi feita, caminho para tornar efetiva a economia de mercado, no inventado “socialismo de mercado”, que faz da China, hoje, o terror das bolsas capitalistas, que desabam ao menor sinal de diminuição de seu crescimento anual do Produto Interno Bruto (PIB), já tradicional em 10% ao ano. É, de fato, uma revolução da ideologia que, desde o século 19, chegou a ter mais adeptos nos dias hodiernos que o cristianismo, nada obstante as surpresas no catolicismo jamais imaginadas pelo Santo Padre Pio XI, na encíclica de firme combate ao comunismo. A Teologia da Libertação é uma dessas surpresas que levaram o beatífico dom Paulo Evaristo Arns a endereçar a Fidel Castro, nas comemorações do trigésimo aniversário da revolução comunista, carta gratulatória que provocou imediato protesto dos bispos cubanos homiziados em Miami.
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Aqui, “na terra em se plantando tudo dá”, o mais consentâneo com a imagem de Caminha é a política. Nela, também, até sem ser preciso plantar, tudo dá. A desculpa dos mais letrados invoca Ortega Y Gasset: “Eu sou eu e a minha circunstância”. O então temido Lula, signatário do Foro de São Paulo, iniciativa do Partido Comunista Cubano, ameaçava vingar Marx, re- editando-o nas latitudes sul-americanas, de modo a corrigir os erros cometidos nos satélites de Moscou, na Europa Oriental. Fidel Castro, o nume tutelar desse foro, resistia à perda da gorda pensão que lhe dava Moscou, desde que Gorbachev se converteu à democracia. O foro paulista era uma tentativa solidária de sobrevivência na ilha paradisíaca da tão empobrecida sociedade sem classe, de cujo paraíso, correndo o sério e real risco de morrer em naufrágio, fugiram milhares de balseiros para a Flórida. Lula, que o venerava, mudou como o mundo mudou. Confirma-se a máxima de Raymond Aron: “Quando o burguês assume o poder permanece burguês, mas o operário vira burguês tão pronto dirija fábrica ou um ministério”. Quanto mais ocupando a curul presidencial, acrescento eu. Na república sindicalista em que vivemos, isso se dá, de ministros ao presidente, de origem operária. Mas não só os operários. Gedel Vieira Lima, filho do grande Afrísio Vieira Lima, meu inesquecível amigo e contemporâneo no Congresso Nacional, era um combatente ardoroso contra Lula. Dono de uma verve admirável, era da fatia antigovernamental do PMDB. Vai ser um eficiente ministro da Integração Nacional. Ganha Lula o seu talento e a aversão dele a Antônio Carlos Magalhães, que parece ter o hábito de romper com antigos amigos, cuja amizade contraria os versos de Shakespeare, pois não prende com colchetes de aço amizades provadas. A circunstância de Gedel foi ACM.
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José Sarney perdoou os agravos feitos a ele, presidente, por Lula, candidato, em comício eleitoral. A conciliação é da índole do suave poeta, agora conselheiro precioso de Lula, presidente. Justiça se faça: José Sarney foi arrastado a votar em Lula. A circunstância de Ortega foi a justa e a sagrada indignação (como diz Norberto Bobbio) com a maldade atribuída a José Serra, quando invalidou a candidatura crescente da respeitável governadora Roseana Sarney à Presidência da República. Maquiavel ensinou que é mais fácil perdoar-se quem nos matou o pai, do que quem violou nosso bolso. No caso, o bolso era uma candidatura que se avolumava a cada pesquisa e que foi abalada por uma versão infame. Custo a crer que Serra tenha sido o mandante da Polícia Federal na empreitada suja. Ela se iniciava na conduta fartamente repetida hoje, de algemar pessoas – para gáudio da mídia fotográfica – simplesmente por denúncias não investigada a justeza. Por outro lado, até hoje, passados meses, não conseguiu saber a origem do dossiê de R$ 1,7 milhão, possível obra dos aloprados do PT. O que poderia respingar no presidente inocente. Respeito a política, mas o seu pântano são comuns as calúnias, que, como diz o provérbio indiano, “quando não queimam, tisnam”. Já quanto a Delfim Netto, Ortega não ajuda. Muitas vezes, assomei à tribuna do Senado Federal, a defender-lhe a honra, objeto de freqüentes acusações infundadas, quando todos os presidentes militares o faziam ministro da Fazenda ou do Planejamento, com carta branca para a gestão da economia, exceto Ernesto Geisel, que o preferiu embaixador na França. Quanto ao desempenho diplomático pouco sei, mas, no que tange à economia, foi o grande responsável pelo milagre brasileiro, de crescimento a até mais que 14% ao ano, no governo Garrastazu Médici. Terá sido cooptado por patriotismo, querendo ajudar-nos a todos, se Lula aceitar sua idéia genial do déficit zero. De longe é melhor conselheiro que os economistas do PT.

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