SOMOS INFELIZES PORQUE NÃO APRENDEMOS A VOTAR!

Faltava tão pouco para atingir esse sonho... Educação, Saúde e Segurança! Tão pouco, mas ao mesmo tempo impossível enquanto eles¹³ burocráticos se agarram nas Estatais, verdadeiros cabides de empregos e corrupções, nós... Vamos agüentando! - PRIVATIZAÇÕES? Hummm! Por enquanto jamais! Ensina o petismo esperto e oportunista: - é para a "companheirada!" - Bando de lesa pátria!

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Sou uma pessoa que não acredita mais numa parte do povo brasileiro, infelizmente essa parte escolheu Lula pela segunda vez consecutiva para governar o Brasil. Depois dos diversos escândalos promovidos pelo seu partido o PT e pelo eleito. Mentiram, fez-se vítima e enganou o povo muito mal informado sobre o primeiro mandato e, com seu discurso "mequetrefe" de "pai do povo", chegou onde queria! Nunca em toda minha vida pude presenciar sem fazer nada, tamanha desgraça que assolou o Brasil. Portanto, recuso-me a aceitar essa autoridade! Por muito menos Collor foi impedido!

27 dezembro 2006

Perspectivas para a economia em 2007


A análise das tendências da economia brasileira começa necessariamente por uma avaliação do cenário mundial. E aqui começam as boas notícias: o mundo não estará hostil em 2007. Ao contrário.
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O ano de 2006 foi bem melhor que a encomenda. Não houve recessão, nem um surto inflacionário nos Estados Unidos, a maior economia do planeta (com PIB de US$ 13 trilhões, cerca de 30% de todas as riquezas produzidas mundialmente). A Zona do Euro, contrariando as expectativas, teve bom crescimento. E o Japão foi bastante bem. Assim, as três economias mais ricas completaram quatro anos de forte expansão - um momento raro.
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E o preço do petróleo não explodiu.
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Assim, o mundo entra em 2007 em boa forma. Há uma desaceleração em curso, mas suave - e é até uma boa notícia. Significa que a pressão inflacionária está sendo contida sem excesso de juros e sem recessão. Como a China em particular e os emergentes em geral continuam crescendo, o produto mundial deve registrar expansão de 4,7% em 2007, na previsão do FMI, contra os fortíssimos 5,1% prováveis para 2006.
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Com isso, o Brasil começa sob bons auspícios no quesito das contas externas: negócios e comércio em expansão pelo mundo todo, o que significa, por exemplo, que os importadores de produtos brasileiros continuam comprando.
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Um fato significativo: no final de 2006, a Vale do Rio Doce conseguiu fechar um aumento de 9,5% para o minério de ferro a ser vendo para os chineses em 2007. Isso em cima de aumentos de mais de 100% nos últimos dois anos. Está bom, não é mesmo?
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É um sinal importante de que os preços de comodities, cuja elevação turbinou as exportações brasileiras, não estão caindo. Claro, não sobem como nos últimos tempos, mas permanecem elevados.
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Vai daí que as exportações brasileiras devem ter, em 2007, uma expansão menor, mas ainda expansão. Se cresceram 25%, na média, nos últimos quatro anos, podem ter um aumento de 5% agora, encostando nos US$ 145 bilhões.
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As importações devem crescer mais depressa que as exportações, mas ainda se espera um superávit elevado, na casa dos US$ 38 bilhões.
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Continuam, pois, entrando dólares na economia - sinal de que não haverá pressão maior sob a cotação da moeda americana. O real pode até se desvalorizar, mas não muito.
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A dívida externa pública praticamente desapareceu (o governo brasileiro deve cerca de US$ 75 bilhões e as reservas já encostam nos US$ 85 bilhões).
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Resumo da ópera: não há problemas à vista no setor externo.
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No interno, parece tudo calmo no front da inflação. Visto o panorama de hoje, não se vislumbra nenhum fato que possa pressionar preços em 2007. Para a ampla maioria dos analistas, a inflação brasileira, depois de sete anos de bem sucedida aplicação do regime de metas, entrou numa fase de estabilidade. A partir daqui, deve girar em torno dos 4% ao ano.
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E se é assim, os juros devem continuar em queda. Nesse quesito, a grande novidade de 2007 é que a taxa real de juros (taxa básica de juros, aquela fixada pelo Banco Central, menos a inflação esperada) deverá girar em torno de 8% - abaixo da marca dos 10%. Ainda é elevada, se comparada com outros países, mas é preciso observar: até aqui, na era do Real, os juros reais só caíram abaixo dos 10% por um mau motivo, a escalada da inflação. Agora, deve haver uma combinação de inflação baixinha, com juros em queda.
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Isso traz duas consequências importantes para o consumo: aumenta o poder aquisitivo dos salários e favorece o crédito, especialmente o crédito às pessoas. Nesse aspecto, 2007 vai repetir 2006, com moderação. Até aqui, houve uma explosão do crédito concedido às pessoas, que praticamente dobrou nos últimos três anos, chegando a R$ 240 bilhões em novembro/06. Pode ir a R$ 280 bilhões em 2007. É esperado um novo impulso no crédito para a casa própria, com prazos cada vez mais longos e prestações fixas, dada a estabilidade da inflação baixa.
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Portanto, como em 2006, também em 2007 o crescimento do PIB será puxado especialmente pelo consumo das famílias.
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E aqui acabam as boas notícias. Todas as más se concentram no quesito contas públicas. Todos os sinais apontam na mesma direção: em 2007, mais uma vez, o governo vai aumentar seus gastos com Previdência (só o novo salário mínimo, R$ 380, vai custar quase R$ 6 bilhões), pessoal e custeio, sobrando muito pouco para investimentos em infra-estrutura. E se está aumentando os gastos, certamente vai aumentar a arrecadação de impostos para pagar tudo isso.
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Mais uma vez, o governo está fazendo a opção pelo consumo em vez de poupar e investir para aumentar a capacidade produtiva do país. Um exemplo: só em 2006 e 2007, o governo federal terá gasto R$ 16 bilhões com os aumentos do salário mínimo - valor equivalente a todo o investimento em infra-estrutura neste ano.
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Assim, o Brasil só vai acelerar o crescimento se houver mais investimentos privados. O problema é que o governo não tem conseguido criar as regras para atrair esses investimentos. Para 2007, o governo promete fazer as tais parcerias público privadas e concessões de rodovias para empresas privadas. Promete também destravar os investimentos em saneamento - todos setores que puxam o investimento.
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Se as promessas forem cumpridas, o país crescerá um pouco mais. Lembre-se: para alcançar um nível de crescimento de 5% ao ano, os investimentos precisam saltar dos atuais R$ 400 bilhões para R$ 500 bilhões/ano. E não é fácil juntar mais R$ 100 bilhões. O governo, incluindo todo o setor público, não consegue investir mais que R$ 20 bilhões/ano.
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O resto fica com o setor privado, que tem dinheiro. Mas que precisa de regras melhores e políticas públicas mais eficientes para investir.
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Carlos Sardenberg