SOMOS INFELIZES PORQUE NÃO APRENDEMOS A VOTAR!

Faltava tão pouco para atingir esse sonho... Educação, Saúde e Segurança! Tão pouco, mas ao mesmo tempo impossível enquanto eles¹³ burocráticos se agarram nas Estatais, verdadeiros cabides de empregos e corrupções, nós... Vamos agüentando! - PRIVATIZAÇÕES? Hummm! Por enquanto jamais! Ensina o petismo esperto e oportunista: - é para a "companheirada!" - Bando de lesa pátria!

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Sou uma pessoa que não acredita mais numa parte do povo brasileiro, infelizmente essa parte escolheu Lula pela segunda vez consecutiva para governar o Brasil. Depois dos diversos escândalos promovidos pelo seu partido o PT e pelo eleito. Mentiram, fez-se vítima e enganou o povo muito mal informado sobre o primeiro mandato e, com seu discurso "mequetrefe" de "pai do povo", chegou onde queria! Nunca em toda minha vida pude presenciar sem fazer nada, tamanha desgraça que assolou o Brasil. Portanto, recuso-me a aceitar essa autoridade! Por muito menos Collor foi impedido!

17 novembro 2007

Chavez, O Napoleão de circo

"Entre 1998 e 2006, a taxa de homicídios emCaracas subiu 68%. No estado de Táchira, no mesmo período, o aumento foi de 418%. Esse é o maior legado chavista, essa é a verdade.Sem que seja preciso mover céus e terras para prová-la. Basta consultar os números do governo venezuelano"


Mata-se tanto na Venezuela que Hugo Chávez já está matando até os fantasmas de 200 anos atrás. Simon Bolívar morreu de tuberculose. Hugo Chávez afirmou que isso é mentira. Para ele, Simon Bolívar foi assassinado. Como um Marty McFly bolivariano, Hugo Chávez fez uma viagem no tempo, no carro cafajeste de um cientista aloprado, e passou a modificar o passado. Ele disse:

– Se for preciso mover céus e terras para provar a verdade, eu o farei.

A verdade é outra. Ninguém assassinou Simon Bolívar. Quem morre assassinado na Venezuela é a sua gente. Aquela mesma gente que, em grande parte, apóia Hugo Chávez. Nos últimos anos, durante o regime chavista, Caracas tornou-se a cidade mais violenta da América Latina. Tem 107 assassinatos para cada 100.000 habitantes. Ganha do Recife. Ganha de Maceió. Olha que é duro ganhar do Recife e de Maceió. O ano de 2006 foi o mais sangrento da história da Venezuela. E 2007 está sendo ainda pior. Nos nove primeiros meses do ano, houve 9 568 assassinatos no país, 852 a mais do que no mesmo período de 2006. Pegue a calculadora. Regra de três. Resultado: ocorreu um aumento de 9,7% no número de assassinatos de um ano para o outro.

Entre 1998 e 2006, a taxa de homicídios em Caracas subiu 68%. No estado de Táchira, o aumento foi de 418%. Esse é o maior legado chavista, essa é a verdade. Sem que seja preciso mover céus e terras para prová-la. Sem que seja preciso viajar no tempo. Basta consultar os números do governo venezuelano.

Eu sei que é aborrecido basear argumentos em estatísticas. Mas é o único jeito de fugir da asnice cucaracha que está fazendo a América Latina retroagir ainda mais na história. Quando o rei Juan Carlos mandou Hugo Chávez calar a boca, Fidel Castro classificou o embate como um "Waterloo ideológico". Nesse Waterloo ideológico, eu me sinto como um Fabrizio del Dongo bananeiro, perdido no campo de batalha, contando os milhares de mortos de cada lado. Comigo é assim:

De Volta para o Futuro a um romance de Stendhal em menos de dois parágrafos. No caso da Venezuela, segundo os dados oficiais, houve 12.257 assassinatos em 2006. No caso do Brasil, houve 44.663 assassinatos. Praticamente o mesmo número de mortos que na batalha de Waterloo. O Brasil tem um Waterloo por ano. No rastro do napoleonismo circense de Hugo Chávez e Lula, só há cadáveres. Na Venezuela chavista, assim como no Brasil lulista, as idéias mais regressivas insuflam a mortandade. Onde está Wellington?

Álvaro Vargas Llosa buscou a origem antropológica do atraso da América Latina. Ele a identificou no fanatismo absolutista das culturas pré-colombianas. Para ele, a gente nunca conseguiu se libertar daquele germe asteca que nos empurra para o coletivismo, para a pilhagem, para o cativeiro, para o sacrifício humano, para a degola, para a barbárie. A gente nunca conseguiu fazer nosso indiozinho internalizado calar a boca.


Diogo Mainardi

16 novembro 2007

A CONSTITUIÇÃO VIOLENTADA

Volto, mais uma vez, a tratar da violência à Lei Suprema, perpetrada por movimentos sociais dos que se autodenominam de "sem-terra", violência permanentemente tolerada pelo governo federal. Os atentados à Constituição, perpetrados mediante invasões de terras e prédios públicos, não eximem seus executores da responsabilidade por ignorância. Têm eles plena consciência — até porque tais movimentos são dirigidos por pessoas que possuem formação universitária, como é o caso de um economista do Rio Grande do Sul — de que as ações maculam a Carta Máxima. Argumentam, todavia, que, como a lei não lhes convém, não estão obrigados a respeitá-la e podem fazer o próprio direito, usar a força contra o que desejarem, pois, para eles, "a lei e o Estado" são eles mesmos.
.Não poucas vezes, os atentados são dirigidos contra o próprio desenvolvimento nacional, prejudicando e destruindo pesquisas científicas cuja realização demandou tempo, investimento e esforço, como ocorreu no campo da biotecnologia, sob a alegação — à luz do profundo desconhecimento sobre a matéria — de que tais experiências não são boas para o país. E como eles são a lei e o direito, são também os que devem dar a palavra definitiva sobre o que é certo e errado, bom ou mau — e não os demais 180 milhões de brasileiros, que estão obrigados a respeitar a lei. Invadem, destroem, atrasam a evolução tecnológica do país e são tolerados pelos áulicos do governo federal, muitos deles saídos da escola de desrespeito à ordem estabelecida.


Tenho sérias restrições a muitas das disposições da Lei Suprema, como aas que criaram uma federação maior do que o PIB; instituíram um Brasil de duas classes sociais, com superdireitos para os detentores do poder e subdireitos para o povo em geral; ou ainda as que permitem o inchaço de um Estado inoperante e o empoleiramento dos "amigos do rei" nas benesses da administração pública, permissiva da escandalosa e confiscatória carga tributária que suportamos.Nem por isso, faço Justiça com as próprias mãos, deixando de pagar tributos ou atacando os que "representam mal" a comunidade.


Num Estado Democrático de Direito, o caminho é outro, ou seja, o da utilização dos meios de comunicação, do voto, das pressões legítimas sobre os representantes, para que reflitam sobre a necessidade de mudança em sua conduta. Nunca fiz o teste das urnas por não ter vocação política, mas nem por isso deixo de lutar contra os desmandos, ou deixo de apresentar sugestões para melhorar o país, em artigos, aulas, livros, conferências.


É assim que se age numa democracia, não podendo o cidadão ser seletivo, escolhendo as leis a que obedecerá por lhe convierem, e as que não obedecerá, por estarem em desacordo com suas convicções. Tais cidadãos têm vocação para ditadores, para os regimes de exceção, em que só cabe a eles próprios — "cidadãos acima de qualquer suspeita" — determinar o que é bom e o que é mau para o povo, sem necessidades de consultá-lo.Os movimentos dos sem-terra, dos sem respeito à Lei Suprema, dos sem espírito democrático, dos sem vocação para o diálogo, que destroem pesquisas, invadem propriedades, desmoralizam as autoridades até com palavras de baixo calão, são movimentos totalitários que, ou devem se enquadrar na democracia, criando um partido político para a defesa de suas teses e posições político-ideológicas, ou devem ser extintos, com rígida aplicação da lei aos dirigentes e às autoridades que vêm tolerando, há anos, tal comportamento.


Sua atitude é incompatível com a democracia e o próprio ordenamento jurídico tem os instrumentos legais para enquadrá-los e puni-los, desde que o governo federal queira. É de lembrar que o Poder Judiciário tem procurado impor a ordem e o primado da Constituição sobre tais maculadores do direito.Tenho para mim, entretanto, que todos os que foram prejudicados e atingidos por tais atentados ao Estado de Direito brasileiro devem exercer o seu direito, inclusive de responsabilizar a União, visto que muitas dessas invasões foram financiadas pelo Estado mediante repasse de recursos públicos a entidade que nem sequer possui personalidade jurídica para responder por sua má aplicação. Tais recursos, à evidência, estão sendo mal-utilizados por tais aprendizes de ditadores e defensores do "avanço do retrocesso" institucional.Se a cidadania não for exercida dentro da lei, o Brasil pouco evoluirá.
.Quando não concordamos com a ordem jurídica positivada, lutamos para modificá-la, mas conforme as regras impostas pela Lei Suprema — únicas que permitirão a prevalência da vontade da maioria, respeitado o direito da minoria de opor-se, também dentro da lei. Qualquer outra visão do problema é comungar com ideais totalitários que pautam, a rigor, a ação de tais movimentos desestabilizadores da paz social.

Ives Gandra Martins no Correio Brasiliense