Agora eles querem tudo! Até submarino Nuclear!.Sexta-feira 10 de Novembro, 2006 3:34 GMT
.RIO DE JANEIRO (Reuters) - O fortalecimento das Forças Armadas no Brasil passaria por três projetos básicos: o Calha Norte, de defesa das fronteiras ao norte do país; o Espacial, comprometido após explosão na base de lançamento de foguetes em Alcântara, no Maranhão; e a construção do submarino nuclear.
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A avaliação foi feita nesta sexta-feira pelo presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), durante encontro de estudos estratégicos.
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Convidado a falar sobre a Defesa Nacional na visão do Poder Legislativo, o deputado fez um discurso mais fundado na retomada do crescimento econômico como questão de segurança, mas citou os três projetos, dois deles, o Calha Norte e o submarino nuclear, envolvidos em controvérsias e críticas ambientais e armamentistas.
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Em relação ao Calha Norte, que assegura a presença do Estado brasileiro, por meio das Forças Armadas, no limite da região amazônica, Aldo defendeu sua importância, referindo-se às críticas que fizera a organizações não-governamentais de retardarem o desenvolvimento nacional.
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"Não podemos reclamar das ONGs se o Estado é substituído por elas em certas regiões do país", afirmou.
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Aldo defendeu a conclusão do programa espacial brasileiro até 2007, como forma de deter conhecimento científico e tecnológico, e a construção do submarino nuclear brasileiro, que vem sendo desenvolvido pela Marinha desde 1979 e tem o apoio do governo Lula.
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"Este é um projeto dos brasileiros de hoje e de amanhã", afirmou Aldo. "Queria que meu filho vivesse num país que tivesse um submarino dessa natureza. Seria mais democrático e seguro."
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Integrante do Partido Comunista do Brasil, que de 1972 a 1975 desenvolveu a Guerrilha do Araguaia, desmantelada pelo Exército, Aldo Rebelo foi bem recebido na Escola de Guerra Naval, cujas instalações foram inauguradas pelo então presidente Médici, em 1970, durante o auge da repressão aos movimentos de esquerda.
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Ouvido com atenção por uma platéia formada por oficiais do Exército, Marinha e Aeronáutica, Aldo defendeu para as Forças Armadas um modelo de força extensiva, que cumpra um papel não apenas militar.
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"Temos regiões quase desérticas que precisam da presença do Estado, através das Forças Armadas", pregou.
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Ao final de sua palestra e de responder a algumas perguntas dos militares, Aldo foi saudado pelo contra-almirante Ruy de Almeida Silva com desejo de "vôos cada vez mais altos, pois é um brasileiro de valor e merece".
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