SOMOS INFELIZES PORQUE NÃO APRENDEMOS A VOTAR!

Faltava tão pouco para atingir esse sonho... Educação, Saúde e Segurança! Tão pouco, mas ao mesmo tempo impossível enquanto eles¹³ burocráticos se agarram nas Estatais, verdadeiros cabides de empregos e corrupções, nós... Vamos agüentando! - PRIVATIZAÇÕES? Hummm! Por enquanto jamais! Ensina o petismo esperto e oportunista: - é para a "companheirada!" - Bando de lesa pátria!

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Sou uma pessoa que não acredita mais numa parte do povo brasileiro, infelizmente essa parte escolheu Lula pela segunda vez consecutiva para governar o Brasil. Depois dos diversos escândalos promovidos pelo seu partido o PT e pelo eleito. Mentiram, fez-se vítima e enganou o povo muito mal informado sobre o primeiro mandato e, com seu discurso "mequetrefe" de "pai do povo", chegou onde queria! Nunca em toda minha vida pude presenciar sem fazer nada, tamanha desgraça que assolou o Brasil. Portanto, recuso-me a aceitar essa autoridade! Por muito menos Collor foi impedido!

21 agosto 2006

ENTREVISTA POLÊMICA POR CAUSA DE UMA PALAVRA: "MIGRAÇÃO"

O SPTV faz a terceira de uma série de entrevistas com os candidatos ao governo do Estado de São Paulo. A ordem dos entrevistados foi definida em sorteio entre os cinco candidatos mais bem colocados na última pesquisa Ibope, divulgada na sexta-feira, dia 11 de agosto. Hoje, recebemos o candidato do PSDB, José Serra.
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SPTV: O senhor assinou um documento, em cartório, prometendo ficar na prefeitura de São Paulo até o fim do seu mandato, mas deixou o cargo para disputar o governo do Estado, como é que o senhor pretende convencer o eleitor de que a sua promessa é pra valer?
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José Serra: Acho uma boa pergunta, desde logo eu não assinei em cartório, foi durante uma entrevista. Vou dizer de maneira bem sincera, naquela época, eu disse a verdade, totalmente a verdade do que eu pensava, fui bastante sincero. O que houve de lá para cá foi uma mudança das circunstâncias, eu percebi, na prefeitura, quando nós colocamos a casa em ordem, a situação estava muito atrapalhada, quão importante é o Estado para a prefeitura. Segurança, saneamento, transporte de metrô e trens. Tudo isso é exclusivo do Estado. Sem falar que metade da educação, metade da saúde e mais do que metade da habitação. Neste sentido, o trabalho do Estado é crucial para a prefeitura de São Paulo. Quando eu entrei tinha um convênio só entre Estado e prefeitura, quando eu saí já tinha 30. Essa cooperação é crucial para o bem da população de São Paulo. Então eu achei que poderia ajudar muito mais a população, tendo um prefeito parceiro, que foi o meu sucessor e trabalhando muito em função destas questões. E tem mais, Chico, no ponto de vista pessoal, uma vez que nós pusemos a casa em ordem na prefeitura, eu podia estar curtindo a melhor avaliação que um prefeito já teve.
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SPTV: O senhor não chegou a cumprir as promessas de sua campanha, até mesmo porque o senhor permaneceu muito pouco tempo, apenas um ano na prefeitura. No caso dos ônibus, as reclamações cresceram muito, os paulistanos avaliaram negativamente.
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José Serra: Carla, nós avançamos muito, veja só: eu prometi fazer o Bilhete Único, integrado, metrô e ônibus, nós fizemos. Eu prometi colocar as ruas mais em ordem, nós fizemos. Mais pavimentação e recapeamento em um ano e meio do que as prefeituras anteriores em quatro anos e, mais do que isso, 90% da minha equipe continua trabalhando lá e vai ficar até o fim do mandato, trabalhando naquela direção. Vocês mostraram agora o shopping popular, que foi fruto da minha gestão, a prefeitura continua trabalhando firme nessa direção.
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SPTV: Candidato, se eleito governador, o senhor vai ficar até o fim ou pode achar que está tudo arrumando e sair candidato?
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José Serra: Chico, 2010 está muito longe, nem você sabe onde você vai estar, mas o que eu vou fazer daqui até o final do mandato do governo do Estado é trabalhar bastante, pra corresponder à expectativa, segurar as pessoas em São Paulo, caso eu seja escolhido.
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SPTV: Candidato, uma grande preocupação dos paulistas, a segurança pública, a cidade acaba de sofrer mais uma série de ataques dos bandidos. Isso não surgiu de repente, isso surgiu nos últimos 12 anos que foram do governo do ser partido, o PSDB. O PSDB errou na sua avaliação? Na administração da segurança pública?
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José Serra: Olha, houve avanços na segurança de São Paulo. Primeiro a polícia passou a prender mais, basta dizer que São Paulo tem 25% da população do Brasil e tem 40% dos presos. A polícia prende mais. Quando o (Mario) Covas entrou no governo, tinha uns 40, 50 mil presos, hoje está perto de 150 (mil). Homicídios, nos últimos anos, a taxa de homicídios caiu pela metade. Houve avanços na segurança, equipamento, um esforço enorme. Novos problemas apareceram, é sempre assim, quando você resolve um problema, aparece outro. Superpopulação carcerária, desenvolvimento do crime organizado nas prisões. È isto que nós temos que enfrentar agora, com muita determinação. Eu já enfrentei multinacionais, já enfrentei países na questão dos remédios, já enfrentei laboratórios, já enfrentei indústria dos cigarros.
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SPTV: O senhor manteria esta linha da segurança pública?
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José Serra: Vou enfrentar o crime organizado com toda a disposição, com toda a minha experiência, com toda a minha capacidade.
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SPTV: O senhor enfrentaria tendo como secretário o senhor Saulo de Abreu? O senhor manteria ele no cargo?
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José Serra: Eu estou disputando a eleição para ganhar, não estou nomeando secretários. Qual vai ser minha equipe, Chico, eu vou ver depois. Vai ser uma nova equipe em todas as áreas, mas isto eu só vou fazer depois de ganhar, porque dá azar ficar nomeando gente antes da eleição.
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SPTV: Nós temos uma outra questão seria em São Paulo, que é a questão do ensino, que é a baixa qualidade da educação. São Paulo foi reprovada em educação, nas provas Brasil, Saebe.
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José Serra: Não chegou a ser reprovado, chegou a ter 7º, 8º lugar, que não corresponde. Não é reprovação, no sentido que não é abaixo da média do Brasil. Agora, tem que entender o seguinte, diferentemente dos Estados do sul, que são os que têm melhor situação, São Paulo tem muita migração. Muita gente que continua chegando, este é um problema. Houve uma expansão quantitativa muito grande do ensino. Agora eu acho que a gente deve olhar para frente e enfatizar a qualidade, o que eu fiz na prefeitura e vou fazer no Estado? Colocar duas professoras por sala de aula, no primeiro ano do ensino fundamental. Isso é crucial para que as crianças aprendam. Eu não quero nenhuma criança passando de ano sem aprender aquilo que deve aprender naquele ano.
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SPTV: Candidato, então me permita contestar. Dois professores na sala de aula, hoje a gente tem em média, chega até 50 alunos na sala de aula, a maior parte do dinheiro na educação, hoje, a maior parte é para pagar os professores, mais de nove bilhões para pagar os professores que já estão, quer dizer, este número chegaria a dezenove bilhões para pagar este segundo professor em sala de aula. De onde vai sair este dinheiro?
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José Serra: Carla, na prefeitura, eu dei aula toda semana, eu sou professor, fui a vida inteira professor. Eu fui dar aula todas as semanas, na terceira ou quarta série, mudando de escola, justamente para entender o problema. Esta segunda professora é estudante universitária, de pedagogia ou de letras, não como voluntária, ganha, mas é um salário inicial, é uma assistente. A prefeitura já fez em quase metade das escolas, isso é perfeitamente viável do ponto de vista financeiro e vou dizer pra vocês, é meu grande desafio, melhorar a qualidade da educação e levar até a escola técnica, que também é fundamental para oportunidades no mercado de trabalho.

08 agosto 2006

O COMPOM, O FED E A INFLAÇÃO

Luiz Carlos Mendonça de Barros
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Ben Bernanke vê como responsabilidade de um BC considerar na sua atuação o crescimento econômico
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NA ÚLTIMA quarta feira, tivemos uma coincidência histórica que não posso deixar de comentar neste meu espaço semanal. Enquanto em Brasília era realizada mais uma reunião do Copom, em Washington o novo presidente do Fed prestava contas de seu trabalho ao Congresso americano. Em ambos os encontros, houve debates a respeito da forma de atuação de um banco central em sua tarefa de manter os preços da economia em estabilidade. E claramente podemos sentir a divisão que existe entre os dois grupos que polarizam o pensamento econômico de hoje.
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Os membros do primeiro grupo são chamados de "falcões", no exterior, e de "monetaristas", aqui no Brasil. Já o outro grupo inclui as "pombas" e, por aqui, os "desenvolvimentistas", conforme classificação da imprensa especializada. Embora todos concordem com a necessidade de manter a inflação estável no longo prazo, a forma como deve atuar a autoridade monetária para atingir seu objetivo pode às vezes diferir fundamentalmente em um caso e outro. Vou tomar o debate de hoje nos Estados Unidos entre esses dois grupos para chegar, posteriormente, ao caso brasileiro.
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Muitos no mercado insistiram em classificar o novo presidente do Fed como "pombo", em razão de seu importante trabalho acadêmico (em 2002) a respeito da forma de condução da política monetária em momentos em que o desafio é enfrentar a deflação de preços, não a inflação.
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Naquele momento, havia um temor, que depois se mostrou injustificado, de que poderia haver deflação nos EUA, com conseqüências danosas para o país. A partir daí, Ben Bernanke ficou, para alguns, carimbado como frouxo no combate à inflação, um pombo. Essa é uma visão errada, pois, na verdade, Bernanke mostrou naquela ocasião (e continua mostrando desde que assumiu o comando do Fed) que procura olhar a formação de preços na economia como o resultado do equilíbrio dinâmico entre oferta e procura nos mercados de bens e serviços e no mercado de trabalho, principal canal de transmissão de pressões inflacionárias em situações de aquecimento da economia.
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Outra característica sua é a compreensão de que é responsabilidade de um banco central levar em consideração na sua atuação a questão do crescimento econômico.
Isto é, o banco central deve procurar calibrar sua política de juros de forma a evitar custos desnecessários em relação ao crescimento econômico, levando em conta as conseqüências de sua atuação passada. Foram essas preocupações que marcaram as palavras do presidente do Fed aos congressistas americanos, nesta última quarta, ao reconhecer que a elevação dos juros nos últimos 18 meses já colocou a maior economia do mundo em rota de um crescimento menor, que deve reduzir ao longo do tempo as pressões inflacionárias.
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Essa posição de Bernanke exige uma dose enorme de coragem e de competência, pois durante os próximos meses os números de inflação -e ele sabe disso- ainda serão elevados. Há uma boa dose de previsão aí, pois a reação do mercado de trabalho ao desaquecimento da economia é lenta, ou seja, ainda levará algum tempo para que as empresas ajustem suas folhas de pagamento ao nível mais reduzido da atividade econômica resultante das ações passadas do Fed. Aí entram os "falcões", que, ao longo desse período de ajuste, vão denunciar a leniência do Fed no combate à inflação e dizer que os juros deveriam ter subido mais.
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Se fosse seguir os falcões, o Fed deveria guiar-se apenas pelos índices de inflação e continuar subindo os juros por mais algum tempo. Com certeza reduziria a inflação, mas certamente criaria uma recessão no início de 2007, o que seria uma perda desnecessária de crescimento. A julgar pelas palavras de Bernanke, as decisões do Fed seguirão uma leitura mais profunda sobre a dinâmica da inflação e um senso de responsabilidade com o nível de bem-estar do cidadão americano.
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No Brasil, temos os nossos falcões sempre prontos a recomendar juros mais altos como remédio salvador. Muitos dos classificados como desenvolvimentistas são considerados lenientes com a inflação. Errado. Tal como no caso de Bernanke, trata-se de analisar o contexto dinâmico da inflação, as conseqüências das decisões do BC para a economia e a qualidade da política econômica como um todo integrado. Trata-se, sobretudo, de não perder de vista o bem-estar da população brasileira.
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LUIZ CARLOS MENDONÇA DE BARROS , 63, engenheiro e economista, é economista-chefe da Quest Investimentos. Foi presidente do BNDES e ministro das Comunicações (governo FHC).@ - lcmb2 terra.com.br

01 agosto 2006

FINANCIAL TIMES

por Ralph J. Hofmann

É interessante ver como que um jornal como o Financial Times percebe o Brasil, à luz de tudo que nós aqui publicamos em Blogs. Vejam abaixo um artigo de Richard Lapper, do bureau de São Paulo, publicado em 26 de Julho passado. É mais sério do que um artigo sobre os excessos etílicos do presidente. Será que Richard Lapper será convidado a trabalhar noutra freguesia?

Traduzi-o por achar de extrema importância, pois quantifica uma série de coisas que já liquidaram iniciativas de pessoas sérias que apenas queriam trabalhar corretamente dentro da lei. Há muitos anos atrás, quando eu e alguns amigos, ainda estudantes, começamos nosso primeiro pequeno negócio me perguntaram: “Você já recebeu sua primeira multa?” Poderei que éramos pessoas sérias e responsáveis. A resposta foi: “Neste país é impossível não infringir alguma lei. Quando pensas que fizeste tudo certo descobres que há alguma coisa que passou desapercebido. Há um excesso de fatores que podem gerar multas.”

Outra coisa que fica clara pelas estimativas de setor informal. A economia brasileira é muito maior, ou seja, o próprio PIB é maior do que o aparente.

Se entre os leitores houver alguma pessoa com acesso aos candidatos a presidente, peço que cobre dos mesmos, em palanque, uma posição. Particularmente daqueles partidos que acham que podem seguir semeando dinheiro de impostos entre os seus amigos e asseclas, pois sempre haverá novos “patos” para contribuírem com mais impostos. A desobediência civil ocorre hoje através da sonegação. Essa passou de crime a ato patriótico, que salva a pátria e reduz o desemprego.

Segue abaixo a íntegra do artigo:

Uma burocracia desnorteante, papelada infindável e um dos sistemas de impostos mais onerosos significa que milhares de negócios brasileiros apenas literalmente apenas podem sobreviver na ilegalidade, conforme um relatório publicado na quarta-feira.

O relatório da International Finance Corporation acha grandes variações entre os 13 estados do Brasil que foram estudados mas conclui que o Brasil precisa simplificar seus procedimentos radicalmente para competir mais eficazmente com outros mercados emergentes.

“Ainda há uma grande distância entre o melhor que o Brasil tem a oferecer e fazer negócios em Bangkok e Johannesburg, e as reformas são necessárias” alega o relatório.

“Os estados deveriam combinar as melhores práticas do Brasil – como, por exemplo, o registro de propriedades informatizado do estado nortista do Maranhão, e ao mesmo tempo tentar manter o ritmo de reformas de países como o Chile, Vietname e a Slovakia.

”Um dos maiores problemas é o imposto. Em um dos casos extremos o IFC, braço do setor privado do Banco Mundial descobriu que negócios do Rio de Janeiro enfrentariam uma conta de impostos igual a mais do que o dobro dos seus lucros brutos se pagassem todas as suas obrigações fiscais.

Na média, nos 13 estados estudados a carga de impostos, chega a 147 porcento do lucro bruto.

As alterações dos códigos de impostos estaduais e municipais ocorrem com tanta freqüência que uma empresa que possua 50 funcionários precisa de três contadores em tempo integral para se manter informada comenta Caralee McLiesh uma das autoras do relatório. Os contadores precisariam gastar 26t00 horas anuais para lidar com os impostos, mais tempo do quer qualquer dos 155 países analisados anualmente pela IFC.

O relatório estima que em 2002 e 2003, 42 porcento da atividade econômica correu na economia informal no Brasil, comparado a 33 porcento no México, 16 porcento na China e 26 porcento na Índia.