SOMOS INFELIZES PORQUE NÃO APRENDEMOS A VOTAR!

Faltava tão pouco para atingir esse sonho... Educação, Saúde e Segurança! Tão pouco, mas ao mesmo tempo impossível enquanto eles¹³ burocráticos se agarram nas Estatais, verdadeiros cabides de empregos e corrupções, nós... Vamos agüentando! - PRIVATIZAÇÕES? Hummm! Por enquanto jamais! Ensina o petismo esperto e oportunista: - é para a "companheirada!" - Bando de lesa pátria!

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Local: Belo Horizonte, MG, Brazil

Sou uma pessoa que não acredita mais numa parte do povo brasileiro, infelizmente essa parte escolheu Lula pela segunda vez consecutiva para governar o Brasil. Depois dos diversos escândalos promovidos pelo seu partido o PT e pelo eleito. Mentiram, fez-se vítima e enganou o povo muito mal informado sobre o primeiro mandato e, com seu discurso "mequetrefe" de "pai do povo", chegou onde queria! Nunca em toda minha vida pude presenciar sem fazer nada, tamanha desgraça que assolou o Brasil. Portanto, recuso-me a aceitar essa autoridade! Por muito menos Collor foi impedido!

30 outubro 2006

ZERO HORA DESPEDE OLÁVO DE CARVALHO!

Interessantíssima troca de mensagens entre o diretor de Zero Hora e este modesto escriba por Olavo de Carvalho em 30 de outubro de 2006

Resumo: "Valores éticos": a desculpa perfeita para evitar a publicação de críticas duras ao partido-estado que vai mandar e desmandar no país por mais quatro anos. © 2006 MidiaSemMascara.org
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"Caro Olavo de Carvalho,

Em razão de sua manifestada incomprensão dos valores éticos que norteiam este jornal, solicito que considere desnecessário o envio de novos artigos para publicação.Os pagamentos pelos artigos anteriores serão efetuados até este domingo.
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Atenciosamente
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Marcelo Rech Diretor de Redação de Zero Hora Porto Alegre - RS"




Ilustre senhor,

Já mandei seu jornal à merda ontem. Sua cartinha é desnecessária, assim como o seu dinheiro. Quanto aos seus "valores éticos" o senhor tem toda a razão: não os compreendo. Quanto mais os conheço, menos os compreendo. Eles são um verdadeiro mysterium iniquitatis.
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Olavo de Carvalho

28 outubro 2006

O BONECO

Olavo de Carvalho* Diário do Comércio
(editorial) 11.10.2006

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A superioridade moral, intelectual e prática do candidato Alckmin em relação a seu concorrente são imensuráveis, e a única coisa que se pode alegar para depreciá-la é que não há nenhum mérito notável em ser melhor que um delinqüente malicioso e cínico.
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Eu diria mesmo que o padrão Alckmin é o mínimo aceitável na classe política de qualquer país decente. Lula não é aceitável nem como suplente de vereador. Não é aceitável como contínuo de repartição pública. Não é aceitável como varredor de rua. Só é aceitável como presidiário, porque lugar de delinqüente é na cadeia.
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E quando o chamo de delinqüente não estou me referindo ao Mensalão, ao dinheiro na cueca, a sanguessugas e a valdomiragens diversas. Em tudo isso as provas contra ele existem, mas são indiretas e circunstanciais. Refiro-me, sim, à sua longa parceria política com duas das organizações criminosas mais perversas e violentas que já existiram no continente: as Farc, que distribuem cocaína a crianças nas nossas escolas e treinam assassinos para que matem mais e mais brasileiros, e o MIR chileno, acionista majoritário da indústria dos seqüestros no nosso país.
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Aí a prova é direta, documental e superabundante: centenas de páginas de atas de assembléias e grupos de trabalho do Foro de São Paulo, assinadas pelo seu fundador e presidente, Luís Inácio Lula da Silva, mais o discurso que ele fez no décimo-quinto aniversário da entidade, no qual se gaba daquilo que deveria envergonhá-lo, se ele tivesse a capacidade de envergonhar-se.
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Durante doze anos esse sujeito tramou a estratégia comum do seu partido com narcotraficantes, seqüestradores e assassinos, calculando a vantagem mútua que, para a conquista do poder total na América Latina pelos herdeiros ideológicos de Lênin e Stálin, deveria resultar da colaboração entre o crime e a aparência de legalidade, esta encobrindo e protegendo aquele, recebendo em troca dinheiro e a garantia da violência armada em caso de aperto.
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Se dar respaldo político ao crime não é crime, Lula é inocente, exceto do Mensalão e outros delitos menores. Se beneficiar-se politicamente da parceria com o crime não é crime, Lula é inocente, exceto daquelas falcatruas banais que a mídia educadamente lhe imputa na intenção de reduzir esse monstro de amoralidade e maquiavelismo às proporções de um João Alves de esquerda, desprezível por ser João Alves, perdoável por ser de esquerda.
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No debate de domingo, ele foi chamado de mau administrador, perdulário do dinheiro público e mentiroso. Para quem fundou, inspirou e dirigiu a maior organização subversiva e criminosa que já existiu no continente latino-americano, tudo isso é elogio. Apenas deixa na platéia a impressão de que ele é tão ruim quanto seu adversário, no máximo um pouquinho pior.
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Mesmo que esse pouquinho lhe roube a reeleição, a perda será tão mais tênue, mais doce do que o castigo que ele merece, que ela terá sido, no fim das contas, um prêmio. E, para o PT, reconhecer que um dos seus é “um político como qualquer outro” terá sido um prodígio de humildade tão excelso, tão deslumbrante, que bastará para dar reforço dobrado à crença dogmática na santidade partidária.
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Protegido de si mesmo até pelos seus adversários, assegurado, por algum pacto sinistro, de que seus crimes supremos não serão mencionados em público, isolado assepticamente da realidade macabra que veio construindo em segredo ao longo de uma década e meia, ele comparece aos debates com a segurança, a empáfia, a pose agressiva e triunfante de quem conta, na mais catastrófica das hipóteses, com uma perda honrosa.
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Ele é, na verdade, o político mais vulnerável que já ousou se mostrar ao eleitorado neste país. Sua história é uma sucessão de abominações cuja narrativa bastaria para escorraçá-lo da vida pública e trancafiá-lo para sempre na galeria subterrânea das vergonhas nacionais.
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Ele sabe que sua afetação de superioridade é mera pose, erguida e mantida com muita cola, muito verniz, muita fita crepe. Rasguem-lhe o invólucro de proteção, digam-lhe a verdade na cara, perante a platéia, e ele se desmanchará como um boneco de papelão na chuva.
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*Olavo de Carvalho é filósofo e jornalista.
Reside em Washington D.C, EUA

18 outubro 2006

CARTA DE UM JUIZ À LULA

Carta do Juiz Ruy Coppola (2º TAC)
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Mensagem ao presidente!
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Estimado presidente, assisti na televisão, anteontem, o trecho de seu discurso criticando o Poder Judiciário e dizendo que V. Exa. e seu amigo Márcio, ministro da Justiça, há muito tempo são favoráveis ao controle externo do Poder Judiciário, não para "meter a mão na decisão do juiz", mas para abrir a "caixa-preta" do Poder.
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Vi também V. Exa. falar sobre "duas Justiças" e sobre a influência do dinheiro nas decisões da Justiça. Fiquei abismado, caro presidente, não com a falta de conhecimento de V.Exa., já que coisa diversa não poderia esperar (só pelo fato de que o nobre presidente é leigo), mas com o fato de que o nobre presidente ainda não se tenha dado conta de que não é mais candidato.
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Não precisa mais falar como se em palanque estivesse; não precisa mais fazer cara de inconformado, alterando o tom da voz para influir no ânimo da platéia. Afinal, não é sempre que se faz discurso na porta da Volks. Não precisa mais chorar.
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O eminente presidente precisa apenas mandar, o que não fez até agora. Não existem duas Justiças, como V. Exa. falou. Existe uma só. Que é cega, mas não é surda e costuma escutar as besteiras que muitos falam sobre ela. Basta ao presidente mandar seu amigo Márcio tomar medidas concretas e efetivas contra o crime organizado. Mandar seus demais ministros exercer os cargos para os quais foram nomeados. Mandar seus líderes partidários fazer menos conchavos e começar a legislar em favor da sociedade. Afinal, V. Exa. foi eleito para isso.
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Sr. presidente, no mesmo canal de televisão, assisti a uma reportagem dando conta de que, em Pernambuco (sua terra natal), crianças que haviam abandonado o lixão, por receberem R$ 25 do Bolsa-Escola, tinham voltado para aquela vida (??) insólita simplesmente porque desde janeiro seu governo não repassou o dinheiro destinado ao Bolsa-Escola. E a Benedita, sr. presidente? Disse ela que ficou sabendo dos fatos apenas no dia da reportagem.
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Como se pode ver, Sr. presidente, vou tentar lembrá-lo de algumas coisas simples. Nós, do Poder Judiciário, não temos caixa-preta. Temos leis inconsistentes e brandas (que seu amigo Márcio sempre utilizou para inocentar pessoas acusadas de crimes do colarinho-branco).
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Temos de conviver com a Fazenda Pública (e o Sr. presidente é responsável por ela, caso não saiba), sendo nossa maior cliente e litigante, na maioria dos casos, de má-fé. Temos os precatórios que não são pagos. Temos acidentados que não recebem benefícios em dia (o INSS é de sua responsabilidade, Sr. presidente).Não temos medo algum de qualquer controle externo, Sr. presidente. Temos medo, sim, de que pessoas menos avisadas, como V. Exa. mostrou ser, confundam controle externo com atividade jurisdicional (pergunte ao seu amigo Márcio, ele explica o que é).
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De qualquer forma, não é bom falar de corda em casa de enforcado.
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Evidente que V. Exa. usou da expressão "caixa-preta" não no sentido pejorativo do termo.
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Juízes não tomam vinho de R$ 4 mil a garrafa. Juízes não são agradados com vinhos portugueses raros quando vão a restaurantes. Juízes, quando fazem churrasco, não mandam vir churrasqueiro de outro Estado. Mulheres de juízes não possuem condições financeiras para importar cabeleireiros de outras unidades da Federação, apenas para fazer uma "escova". Cachorros de juízes não andam de carro oficial.
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Caixa-preta por caixa-preta (no sentido meramente figurativo), sr. presidente, a do Poder Executivo é bem maior do que a nossa.
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Meus respeitos a V. Exa. e recomendações ao seu amigo Márcio.
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P.S.: Dê lembranças a "Michelle". (Michelle é cachorrinha do Presidente que passeia em carro oficial)
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Ruy Coppola, juiz do 2.º Tribunal de Alçada Civil do Estado de São Paulo, São Paulo.

17 outubro 2006

A HERANÇA BENDITA QUE LULA ESCONDE

Quem quiser avaliar os feitos econômicos do atual governo e compará-los com o de seu antecessor - um exercício que parece deliciar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva - deve olhar, antes de mais nada, para as condições mundiais e regionais. Se a economia brasileira crescer 3,5% neste ano, terá acumulado em quatro anos uma expansão de 11,6%. Terá crescido em média, portanto, modestíssimos 2,8% ao ano. No mesmo período, a produção mundial terá aumentado robustos 4,8% ao ano, enquanto a América Latina terá avançado ao ritmo anual médio de 4,2% - um desempenho raramente observado na região. Foi desperdiçada uma fase de oportunidades excepcionais. Nos oito anos anteriores, a economia brasileira cresceu em média 2,3% ao ano - mas a expansão mundial, afetada por violentas crises financeiras, não passou da média anual de 3,6%. O crescimento latino-americano ficou em 1,5% ao ano. Antes de ser atingida pela crise cambial de janeiro de 1999, a economia brasileira atravessou as crises do México, em 1995, do Leste da Ásia, em 1997, e da Rússia, em 1998. Mas o pequeno crescimento do período foi compensado pelas mais ambiciosas reformas realizadas em décadas, sem as quais teria sido impossível domar a inflação e reorganizar a economia nacional - premissas que, respeitadas por Lula, resultaram nos poucos êxitos de seu governo.
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Já a gestão petista ocorreu numa fase de bonança internacional e com dinheiro de sobra nos mercados, condições que o governo Lula deixou passar quase sem proveito para o Brasil, apesar de ter recebido como "herança bendita" uma base institucional amplamente modernizada.
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Qualquer pessoa capaz de uma comparação honesta poderia contentar-se com esses dados. Mas há muitos mais. O presidente Lula costuma dizer que encontrou o Brasil quebrado e imerso na inflação e que precisou reerguê-lo. Mas a crise de 2002, como sabe qualquer pessoa razoavelmente informada, foi conseqüência das tolices de um partido que defendia o calote da dívida pública e outras irresponsabilidades. O Executivo e o Banco Central só puderam vencer a crise, a partir de 2003, porque herdaram instrumentos monetários e cambiais forjados na gestão anterior. A maior parte dos preços havia sido desindexada - contra a resistência do PT. A política monetária havia sido restaurada, graças ao saneamento e venda dos bancos estaduais, as metas de inflação estavam implantadas, o câmbio era flexível e já funcionava o sistema de metas fiscais - tudo isso também a despeito da oposição do PT.
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O ministro Antonio Palocci, que sustentou o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, contra a opinião do PT e de vários conselheiros presidenciais, reconheceu mais de uma vez a importância do que fora realizado nos anos 90, sem o que não poderia ter tido o êxito que teve em sua política macroeconômica. O presidente Lula nunca teve grandeza para isso.
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A diversificação de mercados, outro ponto ressaltado pelo presidente em seus surtos de auto-elogio, também não é novidade. Há décadas o Brasil comercia com países de todas as partes do mundo. Essa característica acentuou-se nos anos 90 e isso é mostrado pelas séries históricas. Além disso, a expansão das exportações, como mostra um estudo da Funcex, já havia começado antes do governo petista. Em 2002 a China já era um dos maiores parceiros comerciais do Brasil e o comércio com Índia e Rússia já estava em expansão.
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A decantada auto-suficiência em petróleo também não resultou da ação deste governo, mas de um processo iniciado há décadas e acelerado a partir dos anos 70, com a exploração da plataforma marítima.
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As privatizações que o presidente-candidato condena envolveram empresas que o setor privado administrou com uma eficiência que o Estado nunca demonstrou, como mostram os resultados da Vale do Rio Doce, das usinas siderúrgicas e das teles.
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Quanto à melhora das condições de consumo, tem resultado em grande parte da expansão da oferta de alimentos, permitida pela modernização do agronegócio - grandes, médios e pequenos produtores de verdade, tratados como inimigos pelo governo petista.
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Estes são alguns fatos que o presidente procura esconder, para não ter de admitir que as políticas sociais que lhe renderam a liderança na disputa eleitoral não teriam sido possíveis sem a herança bendita de FHC.

15 outubro 2006

SINA DE ESCORPIÃO

Ferreira Gullar
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SERIA HILARIANTE , se não fosse constrangedor, ouvir Lula dizer que, no segundo turno, iria travar um debate profundo sobre a ética. E não causa menor constrangimento ouvir Tarso Genro afirmando que a eles, petistas, esse debate "interessa muito". E pode-se imaginar quanto, uma vez que o PT nada tem a esconder ou explicar, nesse terreno. Como se sabe, ninguém do PT se envolveu com o valerioduto, o mensalão, dólar na cueca, contratos fajutos, sanguessugas e, particularmente, com a compra de certo dossiê. A declaração desses dois, desculpem-me, lembra Maluf, sorridente, fazendo o V da vitória, ao sair da delegacia de polícia onde fora indiciado.
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Não há que se surpreender com isso. O político cara-de-pau não hesita em negar a mais incontestável das evidências, se ela o compromete e pode lhe tirar votos. Você lê e não acredita no que leu, mas é que ele não está se dirigindo a você e, sim, ao eleitor dele. Sabe muito bem que finge e mente, e que ninguém acreditará no que afirma, exceto o eleitor que vota nele e que só necessita de uma desculpa qualquer para continuar votando. Por isso, Maluf garantiu que a assinatura não era dele, embora a perícia o tivesse comprovado, e Lula garantiu que está louco para discutir problemas éticos, quando se sabe que essa é a última coisa que gostaria de fazer. Mas, ao ler isso, o eleitor petista respira aliviado, certo de que, conforme desejava crer, todas aquelas acusações contra seu líder e seu partido são "calúnias da elite". Faz lembrar Nelson Rodrigues, que recomendava à esposa adúltera: "mesmo que seja surpreendida, nua, na cama com o amante, negue, negue veementemente". É que sempre há a hipótese de que o marido (ou o eleitor), preferindo não saber a verdade, aceite a mentira. Essa é a esperança de Lula e Tarso Genro.Mas, a par disso, devemos reconhecer que os petistas, particularmente os dois citados, são mestres em simulações, verdadeiros atores e tanto melhores se o gênero é a farsa. Veja o que disse Lula, antes mesmo de iniciada a campanha do segundo turno: "Preferia discutir projetos de governo, mas estou com muita vontade de debater ética e corrupção".
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Ou seja, nada aconteceu que atinja moralmente o governo. O PT comprou deputados? Não, é claro que não. Petistas foram surpreendidos com montanhas de cédulas de dólares e reais num quarto de hotel? É claro que não. E as pessoas envolvidas nesse escândalo tinham alguma vinculação com Lula e seu governo?
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Evidente que não, gente! Um deles era apenas seu assessor especial; outro, seu churrasqueiro; outro, um dos autores de seu plano de governo; o quarto, diretor do Banco do Brasil e integrante da equipe da campanha para sua reeleição;o quinto, o próprio coordenador da campanha e presidente do PT. Isso, sem falar no transportador do dinheiro, coordenador da campanha de Mercadante.
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Como se vê, pessoas totalmente desvinculadas de Lula e do seu partido, tão desvinculadas que só mesmo inimigos desleais e uma imprensa facciosa seriam capazes de levantar as suspeitas que levantaram. Logo, não há o que temer em falar de corrupção durante este segundo turno e, se a oposição cair nessa tolice, vai se ferrar, porque, como se sabe, Lula, que é o maior presidente que já houve no mundo, que criou a Petrobras, a Eletrobrás, o futebol brasileiro e as escolas de samba -isso sem falar no funk e no xaxado- é também o maior campeão de ética de todos os tempos. Desafiá-lo, nesse terreno, é derrota certa.
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Agora, falando sério, o que mais impressiona nessa farra petista de falcatruas é que ela persiste, apesar dos escândalos que tem provocado. É verdade que corrupção sempre houve e essa é, com razão, a única prioridade que Lula não reivindica para seu governo. Mas ficava restrita, quase sempre, a fatos pontuais, não esta avalanche com que o governo petista afogou o país. Como observou o governador Aécio Neves, Lula já está governando com seu terceiro time, porque os dois primeiros foram expulsos de campo por corrupção acintosa.
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E como se não bastasse, veio o escândalo do dossiê, para espanto geral. E o que são agora os boatos de que Alckmin iria privatizar a Petrobras e o Banco do Brasil, senão a mesma guerra suja? Muita gente se pergunta: eles são aloprados? Não, não são aloprados; são corruptos, são viciados em corrupção. O debate da Band revelou outro escândalo: o autor da boataria das privatizações é o próprio Lula! É que eles não conseguem conter-se, como o escorpião que pica a jia, mesmo sabendo que vai afundar junto com ela. A corrupção é sua segunda natureza.

10 outubro 2006

SE LULA TOPAR GERALDO TEM QUER IR


Por Carmen Munari
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SÃO PAULO (Reuters) - Os candidatos a presidente devem participar de mais três debates em emissoras de televisão e, ao contrário do primeiro turno, quando aceitou todos os convites, desta vez Geraldo Alckmin (PSDB) estará na cola do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): confirmará presença apenas se o petista confirmar.
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"Se o Lula topar, Geraldo tem que ir", disse à Reuters um auxiliar da campanha tucana nesta terça-feira. O número de solicitações é tão grande que há falta de assessores para comparecer às reuniões. Muitas vezes, as conversas são apenas telefônicas entre representantes das emissoras e dos dois partidos para facilitar os acertos.
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O próximo confronto será no SBT dia 19, quinta-feira da semana que vem. Lula irá, segundo a campanha, e, de acordo com a emissora, Alckmin também. A primeira reunião com os assessores dos dois lados está agendada para esta quarta-feira. O programa terá uma hora e meia de duração, das 21h às 22h30, e será mediado pela jornalista Ana Paula Padrão.
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A TV Record, que marcou o confronto para dia 23, também recebeu confirmação de Lula e Alckmin e já realizou encontros com seus assessores. Haverá novas reuniões para acertos das regras, como a determinação dos tempos para perguntas e respostas de cada participante.
Está acertado que o debate será das 22h30 à 0h30 e os dois presidenciáveis ficarão frente a frente, com apresentação do jornalista Celso Freitas. A emissora programou ainda duas entrevistas, no dia 17 com Lula e nos dias 16 ou 18 com Alckmin --o tucano ainda não fechou uma data.
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A Globo marcou o confronto para 27 de outubro, a data mais próxima das eleições, que se realizam dois dias depois. Terá duas horas de duração (22h30-0h30) com a mediação do apresentador William Bonner.
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Já a TV Gazeta tem poucas chances de levar ao ar um debate no dia 17, como pretende, uma vez que o presidente Lula não vai comparecer, como informou uma fonte da campanha.
Lula estuda comparecer a uma entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura, marcada para segunda-feira, dia 16. Seria gravada no Palácio da Alvorada, em Brasília, na manhã do mesmo dia.
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Já Alckmin, agendado para o Roda Viva do dia 23, terá que optar entre aceitar ou comparecer ao debate da TV Record, na mesma noite. Gravar antecipadamente seria uma possibilidade, mas desta forma ele estaria em duas emissoras ao mesmo tempo, o que teria impacto duvidoso para o eleitor. A decisão final caberá ao jornalista Luiz Gonzalez, marqueteiro do tucano.

04 outubro 2006

ACORDO ROMPIDO

Hoje saiu na folha de São Paulo, na coluna da jornalista Mônica Bergamo a seguinte notícia:
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ACORDO ROMPIDO De um dos parlamentares mais bem votados do PT no país em jantar com empresários, anteontem:
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"Vamos ser claros. Existia um acordo entre nós (PT) e o PSDB: o próximo governo era nosso, do Lula. O de 2010 seria do José Serra ou do Aécio Neves, sem problemas. Com a vitória do Alckmin, esse acordo será rompido. E o Alckmin vai ter derrotado o Serra, o Aécio, o Fernando Henrique Cardoso, o Lula, todo mundo".
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A platéia ouvia, algo perplexa. GUERRAO parlamentar continuou:
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"O Alckmin, se eleito, não vai governar. O PT não vai dar trégua no Congresso. A CUT, o MST, os movimentos sociais, não vão dar trégua nas ruas".
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A perplexidade só aumentou. MÁ NOTÍCIA No mesmo jantar foi dito que o PT está preparado para uma má notícia nas próximas pesquisas: a de que Alckmin tenha empatado ou até superado o presidente Lula nas intenções de votos.
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"Mas o PT vai para as ruas", disse o parlamentar.
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Fonte (para quem é assinante da Folha) :

SEJA ALTIVO!

Geraldo Alckmin,participou de uma reuniao no Rio de Janeiro,ontem. Recebeu a adesao de Anthony Garotinho, Rosinha Matheus, Moreira Franco e Michel Temer, lideres do PMDB carioca e nacional. Hoje,o Prefeito Cesar Maia(PFL) e Denise Frossard, anunciaram rompimento com Alckmin.
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Motivo: Rivais de Garotinho, na politica carioca.
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Cesar Maia, por ser um politico experiente, surpreendeu-me, com essa atitude. Deveria saber, que apoio dado nao se recusa, e Garotinho nao pediu nada em troca. Ao contrario,disse que ia abrir Comites Cabral-Alckmin, no RJ. Mas, Sergio Cabral, ser rival de Frossard. E apoia Lula.
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Mas vejamos bem:
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-Mesmo com o rompimento de Denise e Maia, nao ha riscos dele perder o eleitorado de Denise. Na sua maioria, sempre foram eleitores anti-Lula, e devem continuar sendo.
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-Pra crescer no Rio, um estado dominado pela esquerda e pelo populismo brizolista e garotista e onde Lula tem grande aprovaçao, somente se ligando a um icone desse populismo. No caso, Garotinho. Inimigo de Lula. Quer coisa melhor.
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-Sergio Cabral, com isso, seria beneficiado. Garotinho tambem. Garotinho continuaria no poder, tendo votos tanto de eleitores lulistas, como de alckmistas, elegendo Alckmin. E mesmo que Cabral, nao apoie Alckmin, Alckmin saira beneficiado. Ha ainda chances de Cabral, ficar neutro, ou mesmo, apoiar Alckmin.
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-O PSDB-RJ, esta dividido. Metade vai com Denise e metade, com Cabral, mesmo que apoie Lula. Ao que tudo indica, Cabral tera um palanque duplo. E como quer evitar a eleiçao de Denise, e conseguir votos dos alckmistas e tucanos, deve mesmo ficar neutro. Aposto que Garotinho, vai fazer de tudo para que isso ocorra.
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Cesar Maia, deveria se lembrar de 1989, quando Lula se sentindo vitorioso, recusou o apoio do PMDB, de Ulysses, de Newton Cardoso, de Casildo Maldaner,etc. O PMDB,estava dilacerado, pelo pessimo governo de Sarney. Mas,os 3% de Ulysses, levaria Lula a uma vitoria no segundo turno,caso aceitasse o apoio deles. Lula, se arrepende disso amargamente hoje.
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Ate mesmo, o PRB de Crivella, esta indeciso no jogo politico carioca. Quer apoiar Denise, mas pra garantir a reeleiçao de Lula, fica com seu velho inimigo Cabral. E o PDT-RJ,esse esta definindo apoio, a quem se comprometer restaurar os Caics(brizoloes) .
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Mas, Alckmin pode respirar tranquilo. Apenas o PDT-AP e o PDT-BA, apoiam Lula. O PDT de AL, AM, RS, PR, MA e SE, ja decidiram que apoiarão o tucano a Presidencia. O PDT de SP(Paulinho da Força), DF (Cristovam,que apoiou Arruda ao Governo do DF, aliado de Alckmin) e do RJ (Carlos Lupi,que recomendou que os Diretorios Estaduais do PDT, ficassem longe do PT, nessas eleiçoes), devem apoiar Alckmin. Alem disso, nos estados do Centro-Sul, o eleitorado, na maioria alckminista, mostrou que quem apoia Lula, deve ser punido nas urnas. Vide em GO, onde Maguito Vilela ficou em segundo lugar, e no PR, de Roberto Requiao, onde foi pro segundo turno, perdendo a chance de se eleger em primeiro turno. No RS, Rigotto pela sua neutralidade, acabou sendo punido, ficando em terceiro. Estado que proporcionou vitoria a Alckmin, levou Yeda Crusiu(PSDB), em primeiro lugar.
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Duvido que Requião apoie Lula no PR, ele corre muitos riscos. Se apoiar, ele pagara pra ver, o que pode ocorrer com sua reeleiçao.
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Em AL, o Senador Teotonio Vilela Filho(PSDB), eleito Governador, deve tentar convencer Renan Calheiros, seu aliado,a apoiar Alckmin, ou ficar neutro. Dificil de ocorrer. Mas, Ronaldo Lessa(PDT), aliado dos dois, optou por Alckmin.
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No ES e MT, os Governadores ficaram neutros. Apesar de apoiarem Lula, e a maioria do seu eleitorado, serem de alckmistas. Novamente, devem ficar neutros.
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Na BA, o PT nao venceu sozinho o carlismo. Teve apoio do seu rival em ambito nacional, o PSDB-BA, que desde 1994, ser aliado do PT. Por isso mesmo, Wagner mente quando diz não estar preparado pra governar com Alckmin e amedrontar o povo baiano, dizendo que Alckmin eleito, prejudicara a BA, por ele ser petista. Mentira. FHC,sempre tratou bem Jorge Viana(que tinha um Vice do PSDB), no AC. É Zeca do PT, no MS (que tinha apoio do PFL).
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O PSDB-BA, apoia Wagner, e por isso, Wagner governaria bem com Alckmin. O mesmo de Marcelo Deda, em SE, que sempre teve boas relaçoes com o PSDB de Albano Franco. Por isso, nordestinos, votem tranquilos. No PI e AC,o PSDB e PT caminharam juntos na eleiçao estadual de 1998, digo que eles podem seguir em paz.
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Wagner, pode ser candidato a Presidente, pelo PT,em 2010, com a vitoria de Lula. Ou mesmo, com a derrota dele. Se Lula perder, o PT se reciclara.
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