SOMOS INFELIZES PORQUE NÃO APRENDEMOS A VOTAR!

Faltava tão pouco para atingir esse sonho... Educação, Saúde e Segurança! Tão pouco, mas ao mesmo tempo impossível enquanto eles¹³ burocráticos se agarram nas Estatais, verdadeiros cabides de empregos e corrupções, nós... Vamos agüentando! - PRIVATIZAÇÕES? Hummm! Por enquanto jamais! Ensina o petismo esperto e oportunista: - é para a "companheirada!" - Bando de lesa pátria!

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Sou uma pessoa que não acredita mais numa parte do povo brasileiro, infelizmente essa parte escolheu Lula pela segunda vez consecutiva para governar o Brasil. Depois dos diversos escândalos promovidos pelo seu partido o PT e pelo eleito. Mentiram, fez-se vítima e enganou o povo muito mal informado sobre o primeiro mandato e, com seu discurso "mequetrefe" de "pai do povo", chegou onde queria! Nunca em toda minha vida pude presenciar sem fazer nada, tamanha desgraça que assolou o Brasil. Portanto, recuso-me a aceitar essa autoridade! Por muito menos Collor foi impedido!

31 maio 2006

ECOS DO TERROR

Só a mídia pode convocar um pacto nacional

Por Alberto Dines em 30/5/2006

A segunda-feira negra aconteceu há duas semanas, o governo do estado de São Paulo continua atarantado, sem saber o que fazer e, o pior, recusa-se a prestar contas à sociedade sobre a matança de inocentes que se seguiu ao motim do Primeiro Comando da Capital (PCC).
O Senado finge que está preocupado e vota um pacote de leis avulsas, sem costura ou sentido. Na Câmara dos Deputados, flagra-se um funcionário terceirizado que entregou documentos sigilosos de uma Comissão Parlamentar de Inquérito a um advogado-bandido e assim completa-se o arco que junta a corrupção política com o crime organizado.

A sociedade está intranqüila e perplexa: indigna-se, mas duvida das autoridades e dos políticos com suas promessas vãs. Os candidatos esbravejam, a mídia reproduz com alguma fidelidade tudo o que dizem, mas não consegue mediar, funciona apenas em um sentido: de cima para baixo. A mídia não consegue sensibilizar o sonar palaciano e o radar político dos andares de cima para o pânico que domina o seu público nos andares de baixo.

Além disso, há a Copa do Mundo, com sua infinita capacidade de abafar, desviar e disfarçar qualquer problema que não esteja diretamente ligado à conquista do caneco do hexa.
Neste panorama, soa como ironia os indícios de que talvez, em algum momento, provavelmente depois das eleições (portanto, em 2007), o PT e o PSDB resolvam conversar. Ironia, porque são balões de ensaio, desprovidos desta substância imprecisa e vaga que ficou conhecida como vontade política.

A hora da ação afirmativa

Aturdida por sua própria estridência, preocupada com as mudanças cosméticas e diminuída por uma competição mesquinha, nossa mídia não percebeu que esta é a hora de uma ação afirmativa, generosa e empolgante. Das Diretas até hoje, jamais houve oportunidade igual para que a imprensa demonstrasse a sua vontade de influir e mudar.
É alentadora a notícia de que o presidente Lula, se reeleito, pretende aproximar-se do PSDB. Mas faltam pelo menos duas perguntas candentes que só uma imprensa responsável e firme será capaz de fazer:

* Por que não agora?

* Por que não colocar a questão do combate ao crime organizado como prioridade nacional?
A Máfia começou a ser encurralada na Itália quando os partidos, todos os partidos, decidiram considerar a guerra ao crime organizado como emergência. O gangster Al Capone só foi preso quando a Receita Federal americana e o governo do Estado de Nova York resolveram cooperar.
Só a mídia, na sua condição de vocalizadora dos sentimentos populares, tem legitimidade e ressonância para fazer este tipo de convocação. Só ela, porque teoricamente apartidária, tem a credibilidade para empurrar os partidos para um tipo de entendimento que não beneficia nenhum deles em particular, mas fortalece o Estado.

Qualquer que seja o seu formato, qualquer que seja o seu nome, quaisquer que sejam seus protagonistas e as regras que deverão regê-la é imperioso que esta aproximação seja uma iniciativa da imprensa. Para que ela possa fazer as cobranças. Para que o seu público perceba que nela pode confiar.

30 maio 2006

CHAVES CONTRA LULA


Resumo: Neste conflito surdo das esquerdas dentro do espaço continental, considerado maduro para uma nova experiência comunista, reedita-se o clássico entrevero entre os blocos bolcheviques e mencheviques, na Rússia pré-revolucionária de 1917.

© 2006 MidiaSemMascara.org

“Precisamos preparar um caminho sem volta, que não tenha retorno”.
(De um discurso internacionalista de Lula)

Já se pode dizer sem nenhum constrangimento que o affair Brasil versus Bolívia não passou de um qüiproquó armado e em plena evolução nos bastidores do Foro de São Paulo – esta, como se sabe, uma entidade integrada pelas forças das esquerdas no espaço latino-americano, que hoje detém o comando político-ideológico de pelo menos oito paises do continente (Argentina, Brasil, Cuba, Venezuela, Chile, Bolívia, Uruguai, Equador), com a possibilidade de tomar conta de mais quatro (México, Peru, Nicarágua e El Salvador), nos próximos meses, com o objetivo de “recuperar na América Latina o que foi perdido no Leste Europeu” – conforme reza a cartilha totalitária de Fidel Castro esboçada logo após a queda do Muro de Berlim.

Sim, é real: para os observadores mais atentos, já é perceptível na América Latina o entendimento de que, ao lado da tomada do continente pelas forças esquerdistas, cresce a pinimba do grupo “nacional-populista” considerado revolucionário e radicalmente anti-americano, liderado por Fidel Castro/Hugo Chavéz/Evo Morales, contra o bloco tido como moderado, ou “neoliberal”, estrategicamente travestido de social-democrata, integrado, entre outros mandatários, por Lula, Michelle Bachelet, Néstor Kirchner e Tabaré Vasquez - uma gente, ao que se diz, mais racional e capaz de cozinhar o amargo prato socialista (e também anti-americano) em banho-maria.

Com efeito, para definir quem manda em quem e no quê, o ousado avanço do cocalero Morales sobre as refinarias da Petrobrás, tramada entre os dias 28 e 29 de abril em Havana, está sendo interpretado pelos analistas não apenas como um ato de “soberania nacional” mas, sobretudo, como um passo determinado do bloco bolivariano rumo à liderança do “processo de transformação” do continente. Com o apoio do experiente Fidel Castro e a decisiva participação de asseclas da DGI - o serviço de inteligência cubano -, o coronel Chávez já investe na região algo em torno de US$ 200 milhões diários, com vista à formação da Pátria Grande – ou seja, uma América Latina totalmente socialista.

Tal como um novo Lenin das selvas tropicais, bem-fornido pelo dinheiro abundante do petróleo (e, agora, do gás boliviano), Hugo Chávez Frías está com tudo e não está prosa: ele, de uma só vez, açula com petrodólares o populismo nacionalista de Ollanta Humala, para reabilitar o Peru do ultranacionalista Velasco Alvarado; abastece firme a candidatura de López Obrador contra o candidato do inimigo Fox, no México do Sub-comandante Marcos; promete o retorno do guerrilheiro Daniel Ortega e da Frente Sandinista ao comando da Nicarágua; e, com gastos maciços, concentra pesado apoio logístico na ação virulenta da Frente Farabundo Marti de Libertação Nacional (FMLN) em El Salvador, com o objetivo de se apossar do governo.

E mais: atua, fortemente, com o apoio de Castro e das bilionárias FARC do “saudoso” Manuel Marulanda, o Tirofijo, na desestabilização do processo sucessório da Colômbia de Álvaro Uribe, ao tempo em que investe de forma clandestina no fortalecimento da “nova fase” da Frente Zapatista de Libertação Nacional, no México, na reativação do famigerado Sendero Luminoso, no Peru, e na expansão do virulento MST de Stédile, no Brasil, para não falar nos ataques permanentes ao “imperialismo ianque” de Bush, sobre o qual desfecha impropérios diários, para reprodução entusiástica da “imprensa burguesa” e do anti-americanismo que se alastra pela América Latrina.

Neste conflito surdo das esquerdas dentro do espaço continental, considerado maduro para uma nova experiência comunista, reedita-se o clássico entrevero entre os blocos bolcheviques e mencheviques, na Rússia pré-revolucionária de 1917. Dentro deste figurino, o coronel Hugo Chávez representaria o papel do bolchevique radical, a investir contra um governo provisório composto por socialistas pusilânimes cujo papel já se findara e que, com um simples peteleco, estaria mais que maduro para ser tocado do Palácio de Inverno.

As forças do socialismo menchevique, por sua vez, na AL de hoje representadas pelas facções “moderadas” de Lula, PT e aliados, parceiras do projeto “neoliberal”, não teriam mais um papel a cumprir no novo espaço comunista a ser definitivamente implantado no continente, visto que são forças contaminadas pela corrupção, pelo exercício da ambigüidade diplomática e pelo apodrecimento revolucionário dos seus quadros: “El compañero Lula es todavía confiable?” – teria indagado, na sua última viagem a Havana, o coronel Chávez a um circunspeto Fidel Castro, rejuvenescido pela solidária política energética bolivariana, traduzida na entrega diária de 90 mil barris de petróleo nos portos de Cuba.

Só para completar o quadro, na promessa de voltar ao explosivo assunto: no Brasil atual, enquanto os representantes da esquerda acadêmica, amparados na grana fácil das OGNs, embalam a política externa de “comer o prato pelas beiradas”, o Itamaraty de Lula segue o mesmo diapasão e recomenda uma “paciência estratégica”, tendo em vista a possível “integração regional” a ser efetuada a partir do problemático consenso dos pactos da Comunidade Sul-Americana de Nações (CASA) e da Comunidade Andina (CAN) – na busca de abrir caminhos, sem tempo marcado, para se chegar, pelas armas do voto corrompido, ao predomínio comunista no infeliz continente.

O resto fica por conta do bombardeio da sociedade civil e militar pelo PCC, apoiado pelas FARC – estas, sempre alimentadas pelo combustível bilionário do narcotráfico.
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Por Ipojuca Pontes em 22 de maio de 2006

29 maio 2006

GOVERNO LULA: PROMESSAS E REALIDADE

Ao ser eleito Lula trouxe aos brasileiros a esperança e a vontade de mudar, de nos tornarmos todos um só, uma vontade de alcançar justiça social, fim da miséria, e tantas outras coisas. Ele representou durante sua trajetória enquanto sindicalista um espírito fervoroso de mudança. Mas infelizmente durante seu governo, quando teve enfim a oportunidade de pôr em prática 25 anos de ativismo e militância, Lula fracassou.

É claro que, como qualquer outra análise política, essa também carrega opinião e subjetividade; entretanto, o leitor deve tentar captar neste artigo a essência do raciocínio e os dados abordados, para enfim poder fazer sua própria reflexão.

No dia 1º de janeiro de 2003, era empossado em Brasília, Luis Inácio Lula da Silva, apoiado por 53 milhões de brasileiros. Em seu discurso solene de posse Lula registrou as seguintes palavras: “’Mudança’: está é a palavra-chave”, “foi para isso que o povo brasileiro me elegeu Presidente da República: para mudar.”, “Em nenhum momento vacilarei em cumprir cada palavra que José Alencar e eu assumimos durante a campanha. Durante a campanha não fizemos nenhuma promessa absurda”. Mas as palavras de ordem deram lugar à dura realidade: quase nada foi feito e o governo assim como Lula caminha para o suicídio político.

O PT articulou mesmo durante a campanha presidencial de 2002, na tentativa exacerbada de conseguir plataforma política no congresso e apoio da camada industrial e comercial. Nessas tentativas começou o que mais tarde compreenderíamos ser uma tragédia. Para conseguir tranqüilizar o mercado teve que incluir na chapa o vice-presidente, José Alencar do PL. Essa talvez tenha sido a primeira venda de ideologia do PT, o PL vai de encontro as matérias mais importantes do ideário dos trabalhadores – o PL tenta reduzir em muito dos direitos trabalhistas, enquanto o PT lutou até então para ampliá-los. Ter Alencar na chapa, apaziguou o temor do mercado de que Lula traria ampliações radicais aos direitos trabalhistas, afinal o vice é um dos maiores industriais têxteis da América Latina. Por mercado entenda-se grandes empresários, investidores, bancos e o fundo monetário internacional (FMI). Isso rendeu ao presidente o apelido dado pela imprensa: “Lulinha paz e amor”.

Já nos primeiros meses de governo aumentou-se a expectativa em torno do governo petista. Foi criado o “Fome Zero”, “Projeto primeiro emprego”, foram enviadas varias reformas para o congresso. Mas também de imediato começavam já a surgir os primeiros indícios de que uma bomba cairia sobre a política brasileira, surgiram “boatos”, todos abafados, de recebimento ilegal de dinheiro para as campanhas do partido. Mas o Brasil continuava seguindo em frente “sem problemas”. Ainda me lembro, que bem no começo do governo, quando foi anunciado o Ministro da Fazenda Antônio Pallocci, saia o então chefe da economia brasileira, Arminio Fraga, e Lula disse que só não o mantinha porque faria transformações profundas na política monetária. Foi a forma que o presidente encontrou para elogiar a condução econômica e o domínio da inflação feitas por Arminio, e eu completo: poucos homens tiveram na história deste país a habilidade administrativa que ele teve, ainda que a custo da aplicação rígida do consenso de Washington.

Bem, embora tivesse soado bem na época, tal reforma nunca aconteceu. Muito pelo contrário, Lula manteve com vigor e ainda ampliou uma política ortodoxa de controle da inflação, mantendo a taxa SELIC nas alturas. E ainda deixou de lado todos os anos de militância contra o FMI, aceitando suas imposições e estabelecimentos, o que nos custou caro. Para atingir o superávit primário estabelecido pelo fundo foram feitos cortes drásticos nos investimentos sociais. Para pagar os juros e encargos da divida foram gastos em 2004 cerca de 183,8 bilhões de reais, já em gastos sociais (como saúde, educação e assistência social) foi de cerca de 72,3 bilhões de reais. – fonte: Senado Federal e Fórum Brasil do Orçamento.

O que também surpreendeu foi a entrega da chefia do Banco Central à Henrique Meirelles, que havia acabado de se eleger deputado pelo PSDB, e foi presidente mundial do BankBoston – o que deu impulso ao primeiro embate com a senadora Heloisa Helena, que foi fielmente contra a entrega da instituição reguladora dos juros, a um “burguês”, como ela mesma chamou. Começava a crise interna dentro do PT.

Cabe lembrar também, ainda a respeito do FMI, que durante anos o PT defendeu o rompimento com a instituição; no entanto em 2005 mesmo com o governo não renovando o acordo com o fundo, continuou seguindo suas diretrizes.

Quanto às reformas, a mais surpreendente foi a previdenciária. Junto com outras reformas, digamos “nada radicais”, e que em maioria foram criadas, não por Lula, mas por governos anteriores. Em especial a, já citada, reforma da previdência foi uma tentativa do governo anterior na qual o próprio Lula assinou uma petição sendo contrário. Alguns anos depois ele próprio estaria enviando a matéria para apreciação no plenário. Então estourou a crise dentro do partido, tendo ido contra a imposição do partido, a senadora Heloisa Helena e três deputados foram expulsos sumariamente. Os principais tópicos do projeto foram: aumentar a idade para aposentadoria e taxações sobre os aposentados.

Outra reforma que deixou o país em desânimo foi a da Reforma Agrária. Lula sempre garantiu o apoio dos trabalhadores rurais sem-terras (MST), no entanto muito pouco foi feito. Ao final do segundo ano de mandato a média de assentamentos ficou em 58,7 mil famílias por ano, no governo Fernando Henrique a média de famílias assentadas foi cerca de 70 mil. O movimento se intensificou e protestou mas foram controlados, pela direção nacional do movimento em comunhão com o PT. A CUT também fez, em acordo, uma série de abafamentos de casos, mantendo os trabalhadores sindicalizados na linha.

Chegando ao ultimo ano de mandato Lula tenta garantir a reeleição com projetos sociais de distribuição de renda. Os projetos implantados por Fernando Henrique, foram ampliados pelo presidente, chegando a marca de 4,9% do PIB brasileiro. Mesmo assim o objetivo dos programas não foi alcançado, criados por FHC para efetuar uma real distribuição de renda no Brasil, extraindo das classes altas através de encargos e entregando aos pobres pelos programas, agora eles são a visão mais clara da utilização da máquina pública em campanhas eleitorais, confirmando o temor que surgiu ainda no governo FHC; de que nas mãos erradas um programa que doa dinheiro pode se transformar em compra de votos, entre uma população menos favorecida, tanto financeiramente quanto de informações.

Isso é comprovado pelas ultimas pesquisas do Datafolha, “O Bolsa-Família é o principal fator da recuperação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial”, maior parte dos votos que levaram o presidente de volta à liderança vem das famílias dos eleitores beneficiados pelo programa, afirma a pesquisa Datafolha, divulgada neste domingo (26.02.2006)”. “Os novos números do Datafolha mostram que os programas sociais são, para 43% dos eleitores que aprovam Lula, sua principal causa de satisfação”.

A Pesquisa do Datafolha também mostra que o principal motivo alegado por quem desaprova o governo Lula é graças às promessas de campanha não cumpridas: “A corrupção não é o motivo mais citado para a desaprovação de Lula. Entre quem considera sua Presidência ruim ou péssima, os escândalos foram mencionados por 20%, contra 29% que reprovam as promessas não cumpridas”. Entre elas a geração de um número “absurdo” de empregos que foram prometidos, e nunca chegaram à metade do esperado, uma real transformação sócio-politica e a aplicação de uma nova abordagem econômica.

Ainda vale falar que quanto a política econômica, que os animistas elogiaram, devido ao crescimento do país no primeiro ano, agora se mostra totalmente ineficaz. O tal crescimento sentido no inicio do mandato, foi um mero impulso involuntário da política do governo anterior, tanto o é que hoje o país deixa de crescer (só cresceu mais do que o Haiti, e isso porque esse país está em guerra civil), e será pior quanto mais se distanciar da ultima administração. Isso por causa da inviabilidade de manter juros tão elevados – que rende às instituições bancárias o titulo de mais rentáveis dentre as atividades econômicas de serviços (12,6 bilhões, em 2005) – deixando o dólar cair tão drasticamente, desacelerando as exportações agrícolas dos pequenos e médios agricultores, e a não alteração da política tributária, que foi prometida.

Tudo isso sem mencionar os escândalos de corrupção que assolaram o país, sem falar no mínimo que se fosse cumprido o aumento prometido estaria em cerca de R$540,00. E passando direto a dois assuntos que tanto incomodam os petistas que eles simplesmente se calam: durante o governo do presidente Fernando Henrique, Lula foi critico exaltado sobre as tantas viagens do então presidente e da quantidade de medidas provisórias; Vamos direto aos dados, até agosto de 2005 Lula foi o autor de 158 medidas provisórias, cerca de 4,9 por mês. Superou em números dois presidentes: Fernando Collor e FHC. Faz-se necessário uma pequena explanação sobre as MP´s. Essas medidas originaram-se durante a ditadura militar em 67, e foi transmutada para a constituição de 1988. Em síntese é um instrumento autoritário, fruto de um erro histórico que se mantém até hoje. Sua utilização passa por cima do congresso nacional, pois assim que são publicadas entram em vigor, e o congresso tem 60 dias para votar, mas podem ser re-enviadas por mais 60 dias. Foram tantas medidas enviadas que o congresso ficou congestionado, para quem não sabe o congresso possui uma pauta a ser cumprida, qualquer medida que tenha que ser empurrada para o topo da pauta pode atrasá-las durante semanas. Isso fez com que este ano o congresso tenha posto em discussão a limitação das medidas. Elas foram criadas de fato, para que na urgência máxima, e em ultimo caso, fosse colocado em prática uma lei ou decreto. No entanto Lula vêm utilizando-as devida a falta de competência dos lideres no senado e na câmara para a articulação dos projetos. O que também acabou causando o surgimento do “mensalão” – que Lula sabia sim! (porque é o único interessado na governabilidade dentro do legislativo). De fato o PT não possui nenhuma capacidade de articulação e dialogo com os outros partidos, ao contrário de FHC que não raro convenceu os próprios petistas a aprovar suas medidas, negociando outras; abrindo o diálogo com o legislativo. É a diferença básica entre a união dos poderes e a baderna feita por Lula.
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Pedro Melian

28 maio 2006

CHAVÉZ ANUNCIA COMPRA DE TÍTULOS DA BOLÍVIA PARA FINANCIAR A DÍVIDA

Presidente venezuelano e seu colega Morales, boliviano, criam a Petrosur

PEDRO SOARES
ENVIADO ESPECIAL A LA PAZ

Depois de anunciar investimentos na área de gás e financiamento a produtores rurais da Bolívia, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse no final da noite de sexta-feira que comprará bônus do Tesouro boliviano como forma de financiar a dívida pública do país andino. Ele não informou, porém, nem de quanto será a emissão nem qual o prazo de resgate dos títulos.O presidente venezuelano repete o gesto que fez com a Argentina, país do qual comprou, desde 2005, US$ 2,5 bilhões em títulos -desse total, US$ 1 bilhão foram adquiridos neste ano.Chávez detalhou ainda o "pacote" de investimentos a serem feitos pela estatal boliviana PDVSA na Bolívia, que inclui a construção de duas unidades de processamento de gás natural (com o objetivo de separar os combustíveis líquidos do gás), construir uma petroquímica para produzir fertilizantes e ingressar na área de exploração e produção de reservas. Além disso, a PDVSA criará em sociedade com a YPFB a Petrosur, empresa de distribuição e revenda de combustíveis. A Venezuela financiará ainda com US$ 100 milhões pequenos e médios produtores rurais para que eles passem a industrializar seus produtos no país. Inicialmente, serão beneficiados 202 projetos nas áreas de café, folha de coca, chá, leite e soja.Ao todo, a Venezuela pretende investir US$ 1,5 bilhão na Bolívia -coincidentemente trata-se do mesmo valor aportado pela Petrobras em suas operações de gás e refino de petróleo no país vizinho.Em campanha para a eleição dos deputados da Assembléia Constituinte, o presidente boliviano Evo Morales disse anteontem à noite que haverá "um retrocesso nas mudanças" impostas por seu governo, especialmente no caso da nacionalização do gás, se "o povo não garantir maior presença social na Assembléia". Pouco antes, Chávez havia dito que a "direita" iria rever a nacionalização se o governo não obtivesse maioria expressiva no parlamento constituinte.Pesquisa do instituto Apoyo, divulgada ontem pelo jornal "La Razón" de La Paz, mostra que cresceu a popularidade de Morales depois do decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos, baixado em 1º de maio. A aprovação do presidente subiu para 81%, 13 pontos percentuais a mais do que em abril, quando estava em 68%.

ENDENTENDA O BRASIL

Entendendo o ponto de vista canhoto para entender o Brasil. Existem duas formas distintas de se enxergar a criminalidade. A primeira, aceita desde que os primordios da civilização e reforçada com o surgimento do cristianismo, é a de que as pessoas que se dedicam ao crime ou a ações anti-sociais, em geral possuem o carater deformado, ou seja, a criminalidade é manifestação pura do livre arbitrio. A segunda foi criada por Karl Marx e diz que a criminalidade é um produto social, ou seja, o criminoso não tem absolutamente culpa alguma dos atos que pratica, o culpado, se existe algum, seria a propria sociedade visto que ele nada mais seria do que um produto desta.O problema é que no Brasil, por sermos uma sociedade que desde o fim do regime militar abraçou o esquerdismo/socialismo como padrão de comportamento, a midia e as escolas aplicam a segunda "teoria" como sendo a unica existente. Abrindo caminho para a marginalidade, além de cometer seus crimes sem o minimo de peso na consciencia, ainda ter a postura de estar efetivamente aplicando uma especie de "justiça social vingativa". Daí vem a tradicional parceria da marginalidade com as esquerdas que explicam inumeros fatos da nossa historia contemporanea como por exemplo: O Senador Suplici ter passado a noite dentro de presidio a fim de defender presos amotinados da eminente invasão das forças de segurança, a declaração do ex-vereador carioca e delegado Helio Luz (PT) de que "sequestro é um tipo de distribuição de renda", a declaração historica do governador do Rio de Janeiro Leonel Brizola de que favelados cometem crimes porque em favela não existem quadras de esportes, e a do próprio atual presidente Luiz Inacio, "vulgo" Lula, de que o PCC parou o estado de São Paulo por uma semana porque seus membros não estudaram...

Se a sociedade brasileira tivesse valores moral e éticos bem solidificados, ela exigiria do nosso presidente desculpas imediatas, principalmente porque sabemos que a imensa maioria do nosso povo não teve acesso a educação da forma desejavel e mesmo assim a imensa maioria dele é sim honesta e cumpridora de seus deveres, coisa que não podemos dizer da nossa classe politica e em especial do nosso presidente que além de ser um mentiroso contumaz é amigo pessoal de assassinos, ladrões e corruptos. Acho que agora fica facil entender o porque do PCC ter enviado circular aos seus membros, dias antes da simulação de revoluçào ocorrida em São Paulo, pedindo voto para o PT, como foi publicado (e muito pouco divulgado) no Jornal Folha de São Paulo - link abaixo.Deu para perceber o buraco em que estamos metidos...??

Blog do Josias de souza

27 maio 2006

DIRCEU APARECEU


José Dirceu se apresenta ao Supremo para ser notificado

O ex-ministro José Dirceu se apresentou pessoalmente na sede do Supremo Tribunal Federal, em Brasília, nesta sexta-feira (26/5), para ser notificado no Inquérito que apura o mensalão. Na véspera, o ministro Joaquim Barbosa havia informado que José Dirceu, a exemplo de outros denunciados no Inquérito, ainda não havia sido localizado para ser notificado. O ex-ministro chegou ao STF caminhando.
Quarenta pessoas foram denunciadas pela Procuradoria-Geral da República por envolvimento num suposto esquema de corrupção armado para captação irregular de recursos pelo Partido dos Trabalhadores e para compra de apoio de deputados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo a denuncia da PGR, “os denunciados operacionalizaram desvio de recursos públicos, concessões de benefícios indevidos a particulares em troca de dinheiro e compra de apoio político, condutas que caracterizam os crimes de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, corrupção e evasão de divisas”. A denuncia diz ainda que José Dirceu fazia parte do “núcleo principal da quadrilha”.
Os jornais desta sexta-feira trouxeram a informação de que váriso acusados dos mensalão ainda não haviam sido notificados. E, entre os acusados que não foram notificados ainda estava o deputado cassado e ex-ministro José Dirceu. Mesmo depois de deixar a Casa Civil do governo Lula e de ter seu mandato de deputado cassado pela Câmara, Direceu continuou em evidência. Freqüenta locais públicos, faz conferências, aparece em colunas sociais. Na quinta-feira, teve um encontro com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, em Brasília. Só não conseguia ser visto pelo oficial de Justiça.

O advogado do ex-ministro, José Luís Oliveira Lima estranhou a alegada dificuldade para notificar seu cliente e o cunho sensacionalista do noticiário a respeito do assunto. Segundo ele os endereços da casa e do escritório de Dirceu em São Paulo, onde tem domicílio eleitoral, continuam os mesmos e constam dos autos.

Revista Consultor Jurídico, 26 de maio de 2006

26 maio 2006

SANGUE FRIO, ALCKMIN!

por Paulo G. M. de Moura, cientista político

A eloqüência dos números das pesquisas CNT/Sensus e Datafolha, que na essência apontam a mesma coisa – o perigo de vitória de Lula em primeiro turno – exige uma trombada de frente contra as manchetes lulistas. Cesar Maia, na sua newsletter, demonstra que a leitura correta dessas pesquisas caminha em sentido contrário ao dessas manchetes. O jogo nem começou a ser jogado ainda. É possível derrotar o molusco.Petistas indignados têm me mandado e-mails desaforados acusando-me de fazer propaganda e não Ciência Política. Estavam calados desde a eclosão do escândalo do mensalão, mas a proximidade das urnas e os índices de Lula nas pesquisas, sugerindo aval popular para a roubalheira petista, parece tê-los animado a expelir bílis novamente. Certamente eles acreditam que, quando os colunistas da Folha de São Paulo vaticinam a vitória de Lula em primeiro turno, estão fazendo jornalismo neutro. E eles querem que eu faça Ciência Política neutra.Obviamente que um cenário pré-eleitoral como esse que as pesquisas apontam é ruim para a oposição. Ele está longe de expressar o resultado da eleição, mas exerce pelo menos dois impactos políticos importantes sobre a opinião pública. Por um lado, aponta o potencial de penetração de Lula numa fatia do eleitorado capaz de garantir-lhe a vitória em primeiro turno. Em segundo lugar, em decorrência desse primeiro impacto, essa informação, publicada e comentada pelos “analistas neutros” da imprensa, tem o poder de exercer, sobre o eleitorado, a função de consolidar a errônea percepção da inevitabilidade da vitória de Lula.Exemplo disso é o artigo politicamente errado que Glauco Fonseca escreveu aqui nesse espaço ontem. Glauco jogou a toalha e deu a eleição por liquidada no dia 24 de maio, mais de quatro meses antes do dia da votação. É isso, exatamente, o que Lula precisa que aconteça na cabeça dos eleitores nesse momento. Que os líderes de opinião da oposição joguem a toalha e que a manada de eleitores sem opinião própria comprem a idéia de Lula já ganhou. Constrói-se, assim, aquilo que os americanos chamam da profecia que se auto-realiza, que a hipótese da Espiral do Silêncio, das Teorias da Comunicação, explica.À luz da boa análise política, não convém subestimar a superioridade estratégica de Lula. O molusco está em campanha pela reeleição desde 1º de janeiro de 2003; não dá um passo que não seja orientado por pesquisas e dispõe da máquina pública e das prerrogativas do cargo a seu favor. De posse dessas vantagens competitivas Lula está operando com maestria a tecnologia do marketing eleitoral e acertando taticamente os movimentos que executa.Alckmin, ao contrário, pelo menos até pouco tempo atrás, vinha errando, conforme já tive a oportunidade de apontar e criticar aqui. O candidato tucano foi guindado ao cargo de governador de São Paulo por um golpe do destino, e se reelegeu vencendo uma eleição que concorreu na posição de jogo que Lula tem hoje. Nunca precisou encarar situação similar a que este enfrentando agora. Concentrado na disputa interna com Serra, Alckmin não teve tempo nem condições de preparar equipe de marketing e estratégia para a competição com Lula. Sem equipe de marketing e sem dispor das prerrogativas do cargo de governador do maior estado da União, Alckmin teve seu poder de fogo reduzido no exato momento em que foi escolhido candidato dos tucanos. Para completar, foi certeiramente atingido por um golpe do petismo (as denúncias de controvérsias éticas) e por outro do destino[?] (a rebelião do PCC), num momento crítico em que precisava alçar vôo.Sob essas condições, o candidato tucano, ainda por cima, largou errando. Atirou-se à caça de votos no varejo nordestino, onde Lula é mais forte, deixando desguarnecido o flanco no qual é mais forte e no qual se concentra o maior contingente de eleitores, nas regiões sul e sudeste do país, reduto dos opositores ao petismo.Observando de longe é difícil ter certeza, mas a impressão que tenho é de que Alckmin está começando a corrigir esses erros. Na minha maneira de entender, os movimentos táticos adequados ao momento pelo qual passa sua candidatura, deveriam priorizar:a) a montagem de uma estrutura de comando de campanha envolvendo um tripé formado por lideranças dos partidos coligados (eu poria César Maia nesse time), cientista(s) político(s) para fazer e analisar pesquisas e profissionais de comunicação e marketing político;b) a consolidação da aliança com o PFL;c) a realização de atividades políticas junto à área de influência dos redutos dos partidos coligados, para consolidar sua posição de largada nas regiões e com os eleitores junto aos quais a oposição é mais forte.Considerando-se que Alckmin ainda não tem estratégia definida, pois isso pressupõe a realização e análise de uma ampla e demorada bateria de pesquisas, convém que o candidato se proteja, evitando a exposição pública em situações de vulnerabilidade. A propensão ao erro é grande para quem não tem critérios claros para decidir o que fazer, pois esses critérios são fornecidos pela estratégia, que não existe ainda. Vide o erro da omissão seguida de resposta tardia à rebelião do PCC.Sob as condições de inferioridade estratégica que caracterizam as circunstâncias de disputa da oposição, as intervenções públicas do candidato devem ser seletivas e bem pensadas. A tática correta, nesse momento, é de guerrilha. É dar o tapa e esconder a mão, aproveitando oportunidades da conjuntura e/ou jogando sobre o erro do inimigo. Estocadas rápidas e pontuais no molusco, sempre que a oportunidade se apresentar. E, em casos de crises como a rebelião do PCC em São Paulo, a lógica é oposta. É preciso agir como estadista. Dar a cara para bater. Mostrar responsabilidade ante uma adversidade que aflige duramente a população, com a qual o verdadeiro líder se preocupa, tem o que mostrar sobre o que fez e está atento aos problemas de seus eleitores, mesmo que fora do cargo que lhe permitiria comandar a reação ao crime organizado.A situação é crítica, admito. A prioridade da oposição, nesse momento, é impedir a consolidação de um clima de opinião que cristalize a percepção da inevitabilidade da vitória de Lula. A vitória da oposição é possível. Ninguém previu que Lula desceria tão baixo quanto desceu em seu governo. Depois que Lula, desceu, ninguém poderia prever que voltaria às condições de que dispõe hoje. Quem viu o SIM atingir 82% das manifestações de intenção de voto nas pesquisas do referendo das armas, jamais poderia imaginar que o NÃO venceria por 65% a 35%.

Sangue frio Alckmin!

25 maio 2006

Alckmin administra crise e Lula se diz ‘preocupado’

Blog do Josias de Souza

Animado com o sobe-desce detectado pela nova rodada de pesquisas –Sensus e Datafolha—, um petista amigo de Lula telefonou para o presidente à noite noite. Cumprimentou-o efusivamente. E assustou-se ao ouvir a seguinte resposta: “Estou preocupado com essas pesquisas”.Atônito, o interlocutor do presidente reagiu com espanto: “Preocupado! Como assim?” E Lula: “Esse clima de já ganhou não me agrada”. O tom de gostosa “preocupação” permeou as análises que Lula fez das pesquisas. A outro petista, integrante de seu governo, Lula usou imagens futebolísticas: “Ninguém ganha o jogo antes do apito final do juiz”, disse ele, conforme relato que seu interlocutor fez ao repórter. Referia-se, dessa vez, à pesquisa Sensus. Os dados do Datafolha ainda não haviam sido liberadas. Nas palavras do presidente, a hora não é de “festejar”, mas de “suar a camisa”, de “correr atrás da bola”.Geraldo Alckmin também está preocupado. Mas sua inquietação tem outras razões. O candidato tucano tenta contornar a crise que ronda o seu comitê de campanha. Os conflitos internos, que pareciam tênues, acentuaram-se de modo avassalador.Nesta quinta-feira, Alckmin planeja viajar a Brasília para tentar jogar água numa fervura que ameaça a unidade da aliança PSDB-PFL antes mesmo de sua formalização, adiada em meio à turbulência. As divergências, até aqui mantidas entre quatro paredes, transbordaram para além da porta.O líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia, insinuou publicamente que o problema da campanha tucana não está no candidato, mas na coordenação da campanha. O comandante geral Tasso Jereissati, presidente do PSDB, vestiu a carapuça. Primeiro, fez troça. Disse que as palavras de seu detrator só valeriam se fossem referendadas “pelo seu papa”, numa referência irônica ao prefeito do Rio, César Maia.Depois, Tasso bateu pesado. Afirmou que se queixaria a Jorge Bornhausen, presidente do PFL. Disse que, a essa altura, não é mais possível aturar críticas de pefelistas a Alckmin e ao PSDB. É preciso saber, disse ele, se o PFL é ou não um “aliado de verdade”.Para complicar, o suporte do “papai” ao filho Rodrigo Maia não tardou a aparecer. Em seu boletim eletrônico, o prefeito César Maia acusou Tasso de “trair o PSDB nacional” numa aliança com Ciro Gomes (PPS), cotado para vice na chapa de Lula. Disse que, a exemplo do que ocorreu na campanha presidencial de José Serra, em 2002, Tasso estaria fazendo “corpo mole” em relação a Alckmin. Em traição aberta ao governador cearense Lucio Alcântara (PSDB), candidato à reeleição, Tasso se acerta com Ciro para fazer do irmão dele, Cid Gomes, governador do Ceará.Como se fosse pouco, Alckmin passou a lidar com o fogo amigo do seu próprio partido. Grão-tucanos do porte do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do governador Aécio Neves (Minas) fazem, em reserva, afirmações que contrastam com suas declarações públicas. Em essência, duvidam da capacidade de Alckmin de derrotar Lula. O repórter conversou com um ex-ministro de FHC que disse ter ouvido dele o seguinte raciocínio: Lula trafega acima das denúncias de corrupção. Não adianta “bater nele”. O eleitor separa o presidente do PT. Disse, de resto, que o “carisma” de Lula só pode ser confrontado por um adversário que seja também “carismático”. Algo que, a seu juízo, Alckmin não é.
Para governador, polícia de SP agiu bem e com equilíbrio
Em solenidade que reuniu a cúpula da Segurança Pública no Palácio dos Bandeirantes nesta quinta-feira, o governador de São Paulo, Cláudio Lembo, declarou-se satisfeito com o desempenho da polícia do Estado nas operações de combate ao crime organizado e seguro de que não houve excessos na conduta dos policiais. “Nossa Polícia Militar e nossa Polícia Civil preservaram aquilo que é fundamental entre os direitos humanos: a vida, a integridade física”, afirmou Lembo. O governador também disse que considera acertada sua decisão de não aceitar a ajuda oferecida pelo governo federal a São Paulo para enfrentar o PCC. “Nossa polícia resistiu, não precisou de apoios externos. Nossa polícia é extremamente competente, extremanente equilibrada, agiu com grande bom senso, mas agiu com grande firmeza”, avaliou. Na mesma cerimônia, o secretário da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, confirmou que entregará ao Ministério Público Estadual os nomes dos que a pasta considerou mortos em confronto com a polícia durante de violência. A lista, no entanto, não será completa: apenas 79 serão identificados por enquanto.
Lembo homenageia mortos pelo PCC e, mudando de tom,elogia a “visão de polícia muito qualificada” de Alckmin
O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, prestou homenagem, nesta quinta, aos policiais civis e militares e agentes de segurança e penitenciários mortos na semana passada nos atentados promovidos pelo PCC. Durante a cerimônia em que anunciou a criação e a reforma de 20 novas unidades da Polícia Militar em cidades do interior paulista, o governador leu os nomes dos mortos e pediu um minuto de silêncio. Ele também destacou as realizações de seu antecessor, o tucano Geraldo Alckmin, que deixou o cargo para disputar a Presidência da República em outubro, na área de segurança, especialmente o projeto ao qual está dando continuidade. “Hoje, certamente, seria um dia de grande alegria para a Polícia Militar de São Paulo, uma reestruturação de contingentes, um enorme decreto que faz parte de um processo longo, iniciado pelo governador Geraldo Alckmin, com a filosofia do governador Geraldo Alckmin, com a sua visão de polícia muito qualificada”, discursou Lembo, mudando o tom com que, na semana passada, se referia ao tucano, declarando-se abandonado pelo ex-governador durante a onda de violência no Estado.

24 maio 2006

O TEMPLO

por Rodrigo Constantino

“Prever o futuro econômico significa prever decisões no investimento e consumo que são tão incertas quanto todo o futuro.” (Albert Hahn) A concentração de poder em poucas mãos sempre irá representar um enorme risco para os indivíduos. Isto não é diferente quando o assunto é economia. Por tratar-se de um campo com um jargão muito técnico, os leigos acabam vendo certas figuras como “sábios clarividentes”, delegando a esses as rédeas de toda a economia. Entretanto, não devemos esquecer que são apenas humanos, sujeitos às falhas comuns da espécie, além de pressões externas e busca de interesses próprios. Tendo isso em mente, uma postura alerta de eterna vigilância, assim como a criação de mecanismos que possam mitigar os riscos de abusos de poder ou graves erros, muito podem contribuir para melhores resultados. O ex-governador do Federal Reserve, Laurence Meyer, escreveu um livro (A Term at the Fed) que fala de sua experiência nos anos que passou no banco central americano. Algumas passagens são elucidativas. Meyer diz que logo descobriu que o Fed não sabe precisamente onde a economia está ou onde ele quer que a economia vá. Em certa ocasião, após o primeiro aumento na taxa de juros depois de dois anos, Meyer foi honesto ao afirmar que “a verdade é que nenhum de nós do FOMC sabíamos o que aconteceria em seguida”. O FOMC é o todo-poderoso comitê que decide a taxa de juros básica da economia, assim como nosso COPOM. Tal decisão exerce profundo impacto na economia, e acaba ficando sob a tutela de alguns poucos homens. O próprio Meyer chamava a equipe de “o templo”, em parte pela obscuridade do processo decisório. É evidente que o mercado acaba tendo muita influência nas decisões do Fed. Mas seria o caso de questionarmos até onde pouco mais de uma dezena de indivíduos falíveis deveriam concentrar o poder sobre o destino econômico de toda uma nação.No livro, Meyer deixa algumas sugestões para maior eficiência de um banco central. Reconhecendo os riscos da pressão política no processo de decisão e a enorme influência que as medidas adotadas por esses poucos homens exerce, Meyer conclui que a independência dos bancos centrais é uma das grandes invenções dos homens. Além disso, uma maior transparência se faz necessária. Ele recomenda o uso de inflation targets, onde o banco central determina uma meta de inflação e utiliza seus mecanismos com tal objetivo apenas. Vários países desenvolvidos adotam este modelo, tais como Nova Zelândia, Inglaterra, Canadá e Suécia. Por fim, parece que Meyer gostaria de um poder mais pulverizado entre os membros do comitê. Ele chegou a desabafar: “Para ser sincero, eu fiquei frustrado com o poder desproporcional que o chairmain tinha sobre o FOMC”. Não é à toa que muitos chamavam Alan Greenspan, o ex-presidente do Fed, de “maestro”. Creio ser interessante então vermos o que o próprio Greenspan pensava sobre o Fed no passado, quando ainda não tinha tamanho poder em mãos.Em 1966, no livro Capitalism: The Unknown Ideal, de Ayn Rand, Alan Greenspan contribuiu com um artigo muito esclarecedor sobre suas posições políticas e econômicas. Sobre as causas da criação do Fed, vejamos o que ele disse: “Foram as reservas de ouro limitadas que pararam as expansões desequilibradas da atividade de negócios, antes que pudessem se desenvolver no tipo de desastre após a Primeira Guerra Mundial. Se os bancos pudessem continuar a emprestar indefinidamente o dinheiro - reivindicou-se - nunca mais precisariam ocorrer quedas drásticas nos negócios. E o Federal Reserve System (Fed) foi portanto criado em 1913.”Greenspan parecia ser bastante desconfiado em relação à eficácia do Fed. Ele basicamente imputou ao banco central as causas da amplificação da crise de 1929: “Quando a economia nos Estados Unidos se submeteu a uma contração suave em 1927, o Fed criou mais reservas de papel na esperança de prevenir alguma falta possível da reserva bancária. Mais desastrosa, entretanto, foi a tentativa do Fed de ajudar a Grâ Bretanha que vinha perdendo reservas de ouro para os Estados Unidos porque o Bank of England recusou-se a permitir que as taxas de juros subissem quando as forças do mercado assim demandavam (era politicamente inaceitável)”. Ele conclui: “O crédito adicional que o Fed injetou na economia se espalhou para o mercado financeiro - provocando um crescimento especulativo fantástico. Em 1929 os desequilíbrios especulativos tinham-se tornado tão exagerados que a tentativa de enxugar as reservas adicionais precipitou uma aguda retração e a conseqüente desmoralização da confiança dos empresários. Em conseqüência, a economia americana desmoronou”.Ironicamente, Greenspan seria acusado por muitos de agir de forma semelhante na sua gestão como manda-chuva do Fed. Até mesmo Meyer reconhece o risco do efeito perverso que existe na crença de que o banco central sempre irá socorrer os investidores injetando liquidez no sistema.Para concluir, após o alerta de que a concentração de muito poder em poucas mãos representa sempre um grande risco, podemos voltar a atenção para o caso brasileiro. Se estes riscos são grandes em um país com sólidas instituições como os Estados Unidos, podemos imaginar como deve ser o nosso caso. De fato, temos uma boa noção disso através de uma entrevista publicada meses atrás no jornal Valor por Chico Lopes, ex-presidente do Banco Central do Brasil. Nela, vemos como certas decisões cruciais eram tomadas de forma irresponsável, sob enorme influência política. É esclarecedora a entrevista – e estarrecedora também. Câmbio e juros são preços, e como tais, devem ser livres. Alguns leigos acham que tais preços podem e devem ser arbitrariamente impostos pelo governo, ignorando as terríveis conseqüências disso. O mercado deve ser livre para funcionar. O banco central deve ter um objetivo bem definido, ser independente das pressões políticas e mostrar a maior transparência possível. Seria saudável se entrasse na pauta de debates políticos e econômicos esse tema. Questionar a suposta clarividência do “templo” não faz mal algum. Principalmente quando é um Mantega que está sentado no trono.

http://rodrigoconstantino.blogspot.com

Publicado em 24/05/2006

Perfil do Articulista

Rodrigo Constantino é economista, formado pela PUC-RJ, com MBA de Finanças pelo IBMEC. Saiba mais!

23 maio 2006

INSEGURANÇA PÚBLICA: DE QUEM É A CULPA?

por Paulo G. M. de Moura, cientista político

A transferência de responsabilidades tem sido a tônica dos atritos entre governo e oposição; governo federal e governos estaduais, quando se trata de fugir das cobranças toda vez que eclode uma crise na área da Segurança Pública. Aqui no Rio Grande do Sul, tivemos o dissabor de experimentar o PT governando a capital por 16 anos e vimos os petistas cobrando responsabilidades dos governos estadual e federal. Quando Olívio Dutra governou o estado, a culpa da crise da segurança pública passou a ser da globalização e do governo FHC. E agora que Lula governa o Brasil, a culpa é dos governos estaduais e dos governos federais passados que não investiram em educação. Medidas concretas e postura de estadistas responsáveis ante uma crise dessa gravidade, não se vêem da parte de ninguém.Pelo contrário, seguimos ouvindo Lula responder aos fatos a partir da leitura que seus marqueteiros fazem das pesquisas qualitativas. Somente isso pode explicar o elogio do molusco ao governador Cláudio Lembo, que “teria feito o que pôde” ante os fatos, e “o governo federal não poderia intervir sem pedido de ajuda do governo paulista”. Tudo indica que a frase petista do governador pefelista, afirmando que a insurreição do PCC é “culpa do egoísmo da elite branca”, apesar de emergir como desabafo de um governador acuado e que desconhece a tecnologia do marketing político, colou bem nos grupos focais dos marqueteiros de Lula. Tudo indica, também, que o contra-ataque da polícia paulista, matando indiscriminadamente mais de uma centena de suspeitos de envolvimento com o crime, também angariou a simpatia da população, o que, igualmente, reforça a hipótese de a solidariedade de Lula a Lembo ser movida por interesses eleitoreiros orientados por pesquisas.Entendo as razões da polícia paulista. Era necessário devolver o medo aos bandidos. Em se tratando de uma guerra, essa é a lógica. Se a polícia se mostrasse acuada, cairia a moral da tropa e o exército da bandidagem se sentiria avalizado a impor suas leis às ruas. Também compreendo o desejo de reposta dos policias que tiveram seus colegas, familiares e lares atacados. Pondo-me no lugar da cada um deles talvez quisesse reagir da mesma forma. Nada sinto pelos criminosos que perderam a vida enfrentando a polícia nos últimos dias. A sociedade fica melhor sem eles. Mas quaisquer pessoas com dois neurônios entre as orelhas sabem como são feitas essas operações policiais movidas por instinto de reposta, que inevitavelmente ceifam a vida de inocentes.Por isso, para quem tem algum conhecimento de história, de filosofia e de teoria política, e para quem conhece o significado da palavra civilização, a resposta da polícia paulista pode ter sido incontornável, mas foi inadequada. E a resposta institucional dos nossos governantes, mais do que inadequada, tem sido irresponsavelmente criminosa, por improvisada e eleitoreira que se revela. Não é preciso muita sensibilidade para antever o ambiente social que vai se criar em São Paulo (e daqui mais algum tempo em todo o país), depois desses fatos.A sociedade não pode mais aceitar inerte a covardia dos políticos que recorrem ao artifício da desculpa amparada nas atribuições constitucionais dos estados, como escudo para fugirem das devidas responsabilidades na área da Segurança Pública. A Constituição concentra responsabilidades nas mãos dos governos estaduais apenas? Mude-se a Constituição! Há demanda por serviços públicos de segurança que podem ser mais bem gerenciados nas mãos dos prefeitos, e novas atribuições devem ser designadas às prefeituras municipais nessas áreas, para muito além do que as guardas civis patrimoniais e desarmadas tem sido autorizadas a fazer.Mas a verdadeira omissão criminosa no combate ao crime tem sido do governo federal, notadamente no atual mandato. Não é preciso mexer na Constituição para saber que o combate ao crime organizado, à lavagem de dinheiro, ao tráfico de drogas, armas, ao contrabando em geral e o controle de fronteiras, são atribuições das forças de segurança da União. Ninguém, se não o governo federal pode coordenar esforços de formação de um sistema nacional de informações capaz de mudar a qualidade da resposta do Estado brasileiro ao crime organizado. Ninguém, se não o governo federal pode comandar pesquisas científicas de planejamento e centralização do combate crime organizado, cujo nível de articulação extrapola as fronteiras estaduais, como bem o comprovam os fatos recentes.Lula ensaiou respostas nessa direção e as abandonou atendendo a conselhos de seus marqueteiros que afirmavam que o molusco atrairia para seu colo problemas de difícil solução que lhe causariam transtornos ao esforço reeleitoral. Adriana Vandoni tocou o dedo na ferida em seu último artigo aqui publicado, ao demonstrar que Lula evitou assinar convênios para a segurança pública durante o ano de 2006 com o Estado de São Paulo. Lula reduziu 62,5% dos investimentos em convênios de segurança pública, só em SP, onde estão 40% dos presos brasileiros. O Plano Nacional de Segurança Pública que o molusco-candidato vendeu em 2002 não saiu do papel, e, para agravar a situação, segundo Adriana, o Fundo Nacional de Segurança Pública tem um orçamento de R$ 360 milhões por ano para todos os estados, sendo que só o orçamento anual de SP é de R$ 5 bilhões. O Sistema Unificado de Segurança Pública é uma ficção; a Guarda Nacional - criada para substituir PMs em greve e nada mais – também é ficção, assim como os presídios federais para os marcolas e fernandinhos beiramar da vida, que o Lula-candidato prometeu.Policiais movidos por instinto de vingança e a massa ignara podem se sentir confortados com a matança da polícia paulista como reposta ao PCC. Eleitores bem informados, e, principalmente, a imprensa responsável e independente desse país (isso existe?), não poderão deixar a cobrança das devidas responsabilidades de cada um na construção das verdadeiras soluções para a Segurança Pública, passar em branco na próxima eleição.

22 maio 2006

A “águia bucéfala”

Por Jorge Serrão
Exclusivo - A “águia bucéfala” já trabalha com a hipótese objetiva de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva corre o sério risco de ser tirado do poder por um processo de impeachment, pela via política e/ou judicial. O Diretor Nacional de Inteligência dos Estados Unidos da América, John D. Negroponte, passou informações recentes ao presidente George W. Bush sobre a possibilidade de Lula ser obrigado a deixar o poder “antes da Copa do Mundo”.
Agentes de inteligência norte-americanos revelaram em seu relatório para a Casa Branca que Lula deve ser alvo, nos próximos 50 dias, de ataques objetivos de seus adversários, atingindo seus familiares. Os “espiões” de Bush advertem que existe todo um trabalho de investigação, em andamento, para denunciar um escândalo sobre o patrimônio de Lula, seus filhos e parentes, bem como os lucrativos negócios que eles vêm empreendendo, graças ao “tráfico de influência”. Lula não é mais considerado "aliado preferencial dos EUA", por sua proximidade com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez - inimigo da "águia", e vice-versa.
Outro risco para Lula chama-se Antônio Palocci Filho. Segundo espiões norte-americanos, o ex-ministro da Fazenda, sem imunidade, em desgraça política e que teme ser preso pelas acusações que enfrenta, teria um dossiê contra pessoas muito próximas ao presidente, que agora o prejudicam. O informe da Casa Branca também adianta que Lula não tem mais o apoio e nem o controle da Agência Brasileira de Inteligência, do meio militar, da Polícia Federal, do Ministério público e de grande parte do Judiciário – com exceção da “suprema corte”, o Supremo Tribunal Federal.
O informe apresentado por John Negroponte a Bush cita, especificamente, os nomes do Presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, amigo do presidente, como “o fio da meada que pode revelar todos os gastos da família Lula. Okamotto seria o grande gerenciador dos negócios em andamento. Segundo o informe da Direção Nacional de Inteligência dos EUA, tais “negócios” envolvem aquisição de controles acionários de empresas e compra de fazendas no interior de São Paulo e Mato Grosso.
O mesmo informe apresentado na Casa Branca adverte ao presidente Bush que, caso consiga se reeleger, Lula pensa em adotar o que o Departamento de Estado norte-americano está chamando de “Chavismo” – um modelo de governar idêntico ao do presidente venezuelano Hugo Chavez. Na versão dos norte-americanos, o modelo vai adotar um confronto direto com o parlamento, cuja imagem já é de extremo desgaste perante a opinião pública, e uma política de incentivo a ação de grupos radicais, como o MST (Movimento dos Sem Terra), que hoje contam com o apoio do chamado Fórum de São Paulo – entidade que Lula já não mais preside, que congrega líderes ditos “de esquerda” da América Latina.
A Direção de Inteligência dos EUA avalia que o sustentáculo de Lula é o sistema financeiro nacional e internacional. Internamente, os bancos o apóiam graças à política ortodoxa e pelo sistema que permite juros ainda altos e facilidades para empréstimos, o que dá lucro aos bancos. Externamente, Lula se sustenta graças aos recentes acordos de antecipação de pagamento, via recompra de títulos no mercado, da dívida externa. O principal sustentáculo de Lula seria a chamada “City londrina”, hoje em conflito com o governo George Bush/Dick Cheeney, por causa da “guerra internacional pelo petróleo.
Os agentes de inteligência da Águia Bucéfala também rastrearam uma recente reunião promovida por sete senadores, na mansão de um deles, em Brasília. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso participou do encontro. Na conversa, os políticos tentaram identificar uma alternativa de curto e médio prazo para substituir Lula. Nenhum deles apontou um nome, objetivamente. Todos reclamaram do processo de desgaste da classe política. Um senador mostrou dados de uma pesquisa revelando que 70 por cento do atual Congresso, hoje, não conseguiria se reeleger.
Os senadores e FHC teriam chegado à conclusão de que, imediatamente, não há uma alternativa para substituir Lula. O vice José Alencar não é considerado confiável por nenhum dos setores. Por isso, os tucanos recuaram da tese do impeachment. Mas alguns dos senadores presentes ao encontro voltaram a defender, publicamente, a tese do impedimento. O cenário traçado pelos políticos também identifica que a candidatura Alckmin não decolou como deveria, e que Lula, por falta de opção do eleitorado, pode acabar até se reelegendo, caso não se consiga afastá-lo do poder, “por vias legais que não sejam o voto”, até o começo de junho.
O futuro de Lula da Silva depende, hoje, muito mais do jogo de interesses de forças externas que atuam sobre a América Latina (como o conflito entre os capitais ingleses e norte-americanos ligados a Bush/Cheeney) do que dos interesses políticos internos do Brasil. O presidente brasileiro é vítima de sua própria incompetência na gestão política, que deixou a cargo de José Dirceu. Não fosse a oposição tão perdida, sem propostas e politicamente também incompetente, Lula já teria sido afastado do poder há mais tempo. Lula corre o risco de um "golpe"? Corre! Por culpa inteiramente dele, e de mais ninguém.
O Alerta Total, com todo o cuidado para divulgar tais informações confidenciais, adverte que o cenário político passa por extrema volatilidade. É ínfima a distância entre o que pode ser verdade e mentira, em meio a uma verdadeira guerra de interesses e informações. Tudo é muito relativo.
O Alerta Total considera que seria uma covardia política e jornalística de nossa parte privar nossos leitores de tais informações, por mais chocantes e absurdas que elas possam parecer, à primeira vista.
De toda forma, tais informações estão circulando. Isto é real. Se são verdadeiras ou falsas, em todo ou em parte, só a volatilidade do atual momento político poderá revelar.